Arte marajoara estampa vestimentas de autoridades na Cúpula da Amazônia

Peças são confeccionadas a mão opor artesãs e fazem parte da história do Marajó

Bruna Dias
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Com a arte marajoara estampada nas vestimentas, políticos mostraram para o mundo os traços indígenas por meio das cores e bordados na Cúpula da Amazônia, no Hangar.

O governador Helder Barbalho tem usado com frequência em eventos especiais camisas com estampas marajoaras, como pode ser visto ao longo dos seus mandatos. Nos compromissos da semana, que valorizam a Amazônia, ele esteve com as peças personalizadas. A autoridade recebeu algumas dessas camisas de presente da Loja Museu do Marajó, localizada em Cachoeira do Arari, que tem confecção de artesãs marajoaras.

A camisa usada ontem (08), que tinha bordados no peito e no centro, foi confeccionada por Maria Da Cruz, conhecida como Dona Cruz, de Soure. “Ela é feita com o pano tricoli e com galão, que é a fita bordada com linha”, explicou.

As peças são todas produzidas à mão. Assim como Dona Cruz, diversas mulheres se dedicam a essa arte que ganhou holofotes ainda mais com a Cúpula da Amazônia.

A vestimenta marajoara não é nada casual, ela é escolhida pelas marajoaras para serem usadas em ocasiões especiais. “A gente usa essa camisa quando a gente vai para algum evento muito especial é como se fosse o nosso traje de gala”, disse Madson Santos, influenciador nas redes sociais, conhecido como @madsonembaixador.

Ele explicou ainda, que essa tradição surgiu a partir da esposa do vaqueiro pegava sacas de açúcar vazias e transformar em vestimentas, e a partir da ia elas passaram a identificar de que fazenda aquela pessoa fazia parte. “Elas eram feitas de algodão, de tecido, então ela fazia peças para proteger o marido e dos filhos do sol. A partir daí juntou-se a arte grega marajoara, que reproduzia o desenho da cerâmica marajoara na camisa. Esse desenho, cada propriedade dele representava uma fazenda, que tinha através dessa imagem a identificação do local que ele pertencia. Foi aí que surgiu a camisa marajoara”, contou o influenciador.

“Depois o fazendeiro começou a achar bonito, elegante e mandou fazer outras peças e começou a usar também, mas agora com outro tecido, como linho e tricoline, por exemplo”, acrescenta.

O influenciador ainda destaca a complexidade que é a confecção das peças, já que ela requer algumas habilidades para realizar os bordados. “Essas técnicas são passadas para as gerações. É possível perceber a riqueza de detalhes das peças, além desse trabalho todo feito manualmente, essa réplica de desenhos de grafismo marajoara é realizada a partir do próprio tecido. Tem uma parte que elas chamam de refugo que é tipo enrugadinho que vai no centro da camisa, no fundo no tecido, conhecido também como uma pala”, finaliza Madson.

As peças podem ser encontradas Loja Museu do Marajó ou direto com as próprias artesãs.

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