Retrospectiva 2025: relembre os fatos que marcaram a economia do Brasil e do Pará
Avanços no salário mínimo, expansão da energia solar, crescimento do comércio e turismo, superávit na balança comercial e protagonismo internacional marcaram economia paraense e brasileira.
O ano de 2025 começou com ajustes significativos no mercado de trabalho e no poder de compra dos brasileiros. O novo salário mínimo, fixado em R$ 1.518, trouxe uma reposição da inflação e ganho real de 2,5%, beneficiando cerca de 2 milhões de trabalhadores no Pará e injetando R$ 199 milhões por mês na economia local. O teto do INSS também subiu para R$ 8.157,40, enquanto o dólar chegou a R$ 6,11 com sinais de moderação nas tarifas comerciais dos EUA. Paralelamente, Belém registrou aumento nos preços de aluguel, e o estado se destacou como maior exportador de madeira tropical nativa do país, reforçando a importância do setor florestal na balança comercial local.
No campo energético, o Pará avançou na expansão da energia solar, ultrapassando R$ 5,1 bilhões em investimentos e atingindo mais de 135 mil consumidores, além de inaugurar novas usinas fotovoltaicas em parceria com órgãos públicos e empresas privadas. O turismo e o comércio também movimentaram a economia: festas juninas, o Carnaval e eventos como o Festival Amazônico de Gastronomia impulsionaram renda extra, beneficiando setores de alimentação, entretenimento e varejo, enquanto o estado registrava aumento no número de microempreendedores individuais.
A balança comercial brasileira mostrou sinais positivos, com crescimento de 3,5% da economia nacional e superávit expressivo em exportações, especialmente no Pará, que alcançou US$ 9,6 bilhões no primeiro semestre. O estado ampliou vendas para os EUA, com destaque para madeira e níquel, mesmo diante de ameaças de tarifas americanas que poderiam impactar o PIB local. Medidas federais, como liberação de R$ 20,6 bilhões do orçamento e crédito do BNDES, ajudaram a mitigar efeitos do “tarifaço” e apoiar municípios e setores estratégicos da Amazônia.
No âmbito social e de inovação, o Pará marcou presença nacional e internacional com a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climaticas (COP 30) em Belém, consolidando-se como referência em bioeconomia e mercado de carbono. Iniciativas como o Vale Bioamazônico, novos polos de economia criativa e expansão do Bolsa Família reforçaram o desenvolvimento inclusivo, enquanto investimentos em sustentabilidade, inovação e energia renovável indicaram um esforço contínuo para diversificar a economia regional e fortalecer a posição do estado no cenário brasileiro.
Janeiro
- Salário mínimo de R$ 1.518 passou a valer para o país. Segundo o governo federal, o novo valor incorporou a reposição de 4,84% da inflação de 12 meses apurada em novembro do ano passado e mais 2,5% de ganho real;
- Dieese apontou que novo salário mínimo injetaria R$ 385 milhões na economia da região Norte. No Pará, cerca de 2 milhões de trabalhadores foram beneficiados e R$ 199 milhões foram injetadoa na economia do estado por mês;
- Pará ultrapassou R$ 5,1 bilhões em energia solar. O número de consumidores passou de 51 mil, em janeiro de 2023, para 135 mil em novembro de 2024;
- Dólar caiu para R$ 6,11 com possível moderação de tarifas de Trump. A possibilidade de que o governo do presidente eleito moderasse as altas de tarifas comerciais prometidas durante a campanha eleitoral fez o dólar cair em todo o planeta;
- Teto do INSS subiu para R$ 8.157,40. Por 13 votos a 1, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou em Brasília o novo limite de juros de 1,8% ao mês;
- Belém foi a 5ª capital do Brasil com o aluguel mais caro, segundo o Índice FipeZAP. Os bairros Jurunas, Marco e Umarizal foram os mais caros. O ranking nacional é liderado por São Paulo;
- Política estadual ofereceu incentivos fiscais para 34 empresas com produção no estado;
- Aimex apontou que o Pará é o maior exportador de madeira tropical nativa do Brasil;
- Setor de carne destinou 3 milhões de etiquetas eletrônicas para rastrear rebanhos no Pará. Projeto do governo do Pará em parceria com setor produtivo tem meta de rastrear todo o rebanho de bovinos e búfalos até o final de 2026;
- Prefeitura de Belém enxugou 600 cargos comissionados e previu economia de R$ 30 milhões ao ano. Ao final de 4 anos, a expectativa é que a máquina pública da cidade tenha uma economia de R$ 120 milhões com as medidas de contenção organizadas pela prefeitura. Esse foi o primeiro grande movimento da nova gestão de Belém na área econômica;
- Diesel ficou quase 7% mais caro em todo o país. Foi o primeiro aumento do ano autorizado pela Petrobras.
Fevereiro
- O Pará liderou no Norte pedidos contra chamadas indesejadas no programa "Não Perturbe". Na região, o estado liderou pedidos contra chamadas indesejadas com o total de 64.003 registros na plataforma, criada por iniciativa do Ministério da Justiça, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Associação Brasileira de Bancos Comerciais (ABBC) para proteger o mercado e os consumidores;
- Período chuvoso alterou preços de frutas em Belém. O cupuaçu foi a fruta que mais sofreu reajuste, apresentando um aumento de mais de 13% no quilo. O piquiá também registrou alta significativa de 9,59%, seguido da pupunha (5,00%), bacuri (3,41%), biribá (2,05%), uxi (0,64%) e manga regional (0,62%);
- Inflação desacelerou em Belém e registrou alta de 0,22% em janeiro;
- Contribuição do MEI subiu mais de 7% com reajuste do salário-mínimo. Aumento no recolhimento mensal começou a valer em fevereiro e número de microempreendedores individuais cresce no estado, impulsionado pela economia e pela expectativa da COP 30;
- FGV apontou que a economia do país cresceu 3,5% em 2024;
- Prévia da inflação fechou em 1,23%, maior alta de preços para o mês de fevereiro desde 2016. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi pressionado principalmente pela conta de luz.
Março
- Carnaval multiplicou vendas de ambulantes em Belém. Mesmo com a concorrência e da alta nos custos, vendedores aproveitam a folia para faturar o dobro na capital;
- Chuva reduziu oferta de açaí e batedores disseram que preço do litro poderia chegar a R$ 50 em Belém. Proprietários de estabelecimentos relatam dificuldades para adquirir o produto, já que a menor disponibilidade nas feiras provocou alta na concorrência e no custo de compra;
- Dieese apontou que preço das flores subiu até 5% no dia das mulheres;
- Balança comercial teve superávit de US$ 3,1 bilhões na 1ª semana de março. Até a primeira semana de março, a média diária das exportações registrou alta expressiva de 69,6% em relação à média diária do mesmo mês de 2024;
- Exportações do Pará aos EUA cresceram mais de 100% nos primeiros meses do ano;
- Indústria do Pará teve retração no mês, mas crescimento nos últimos 12 meses;
- Região Metropolitana de Belém teve inflação de 0,62% em março, abaixo da média nacional.
Abril
- Senado aprovou projeto que permitiu que fundos constitucionais financiassem economia criativa. O projeto permitiu que os recursos dos fundos constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste financiassem atividades produtivas desenvolvidas por pessoas jurídicas ou físicas ligadas à economia criativa;
- Associação Comercial do Pará celebrou 206 anos;
- Setor de seguros do Pará cresceu 18,6% e movimentou R$ 5,5 bilhões em 2024;
- Sudam criou Comitê Regional de Instituições Financeiras Federais da Amazônia Legal;
- BNDES Periferias destinou R$ 135 milhões a ações sociais e ambientais em comunidades. Projeto teve como objetivo fortalecer áreas periféricas das regiões Norte e Nordeste;
Maio
- Motos dominaram emplacamentos no Pará e representaram 75% do total no acumulado em 2025;
- Vendas de acessórios juninos triplicaram lucros de comerciantes em Belém. Chapéus de palha, tiaras decoradas e vestidos típicos ganharam as ruas, escolas e arraiais da capital;
- Fila do INSS no Pará ultrapassou 120 mil pedidos. Em dezembro de 2024, o número era de 87.045, o que representou um aumento de aproximadamente 42% em apenas quatro meses;
- Declaração do Imposto de Renda no Pará passou de 830 mil. O número representou 83% do total esperado no estado.
Junho
- Serasa revelou que 76% dos nortistas tinham expectativa de renda extra com festas juninas. A pesquisa também destacou os setores mais beneficiados pelas festas: a alimentação, mencionada por 66%, incluindo bares, restaurantes e barracas de comidas típicas; o comércio local, citado por 59%; e o entretenimento, como shows e eventos culturais, apontado por 46%;
- Estudo técnico apontou que Ferrogrão deve gerar mais de R$ 60 bilhões em ganhos;
- Endividamento atingiu 68,4% das famílias paraenses, indicou Fecomércio;
- Haddad confirmou Imposto de Renda a 17,5% sobre rendimentos de aplicações;
- Pará registrou mais de 10 mil turistas estrangeiros nos primeiros 5 meses do ano, um aumento de 27%;
- Pará inaugurou usina solar com economia mensal de R$ 65 mil e foco em sustentabilidade. A vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, entregou a nova usina fotovoltaica da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), localizada em Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém;
Julho
- Pará exportou quase US$ 100 milhões em madeira para os EUA em 2024 e tarifas de Trump ameaçaram abalar o setor;
- Belém se tornou a 2ª cidade do Brasil a receber usina solar fotovotaica da Transpetro com investimento de R$ 3,2 milhões. Instalada no Terminal de Belém, planta solar fotovoltaica integra projeto nacional da Transpetro para descarbonizar operações na Amazônia e deve gerar economia de R$ 400 mil por ano;
- Com tarifaço de Trump, Pará poderia perder R$ 973 milhões no PIB, revelou estudo;
- Governo federal liberou R$ 20,6 bilhões do orçamento de 2025. Em maio, o governo tinha congelado R$ 31,3 bilhões do Orçamento. Com a decisão, o volume de recursos congelados caiu para R$ 10,6 bilhões;
- Balança comercial paraense teve superávit de US$ 9,6 bilhões no 1º semestre. No ranking das unidades federativas, o Pará ocupou a 3ª posição, com o maior saldo na balança comercial, atrás somente de Mato Grosso e Minas Gerais.
Agosto
- Mais de 65 mil famílias do Pará estiveram aptas a recever nova parabólica do 'Brasil Antenado';
- Prefeitura de Belém subiu 36% valor do quilômetro rodado em táxis;
- Turismo cresceu no Pará acima das expectativas e impulsionou economia regional;
- Tarifaço de Trump ameaçou 3,6 mil empregos formais no Pará;
- Mais de 45 mil pessoas passaram pelo 2º Festival Amazônico de Gastronomia em Belém;
- China comprou mina no Pará e assumiu controle de cerca de 60% da produção de níquel no Brasil;
- BNDES aunciou R$ 40 bilhões de crédito para municípios afetados pelo tarifaço dos EUA;
Setembro
- Refeições com açaí movimentaram até R$ 12 mil por dia em bancas do Ver-O-Peso;
- Varejo brasileiro teve queda de 1,5%, mas Pará apresentou leve alta de 0,4%;
- Pará superou 1,4 gigawatt de geração solar própria e mais de R$ 6,1 bilhões em investimentos. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Belém figurou no top 10 das cidades com maior potência instalada de sistemas fotovoltaicos em residências, empresas, propriedades rurais e prédios públicos;
- Ibama aprovou última fase de licenciamento para Petrobras explorar Margem Equatorial. O anúncio de aprovação por parte do Ibama disse respeito à APO (Avaliação Pré-Operacional), realizada no fim de agosto. Tratou-se, basicamente, de um simulado para testar se são exequíveis os planos de emergência e proteção à fauna da Petrobras, a serem utilizados em caso de acidentes durante a perfuração.
Outubro e Novembro
- Feira de Artesanato do Círio movimentou R$ 3,3 milhões e bateu recorde com 100 mil visitantes;
- Pará contabilizou R$ 141 milhões do "Brasil Soberano" para empresas;
- Empreendedores do Pará venceram prêmio nacional de sustentabilidade;
Novembro
- A 1ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) realizada na Amazônia ocorreu na capital paraense e apresentou o Pará como representante da bioeconomia. Lançamento do Vale Bioamazônico, avanços no mercado de carbono e carta dos 27 governadores entregue a Lula sintetizam as principais ações do governo paraense na conferência em Belém;
- Belém ganhou Casa Sesi Indústria Criativa, novo polo de inovação e arte amazônica;
- Número de beneficiários do Bolsa Família superou trabalho formal em 230 mil no Pará;
- Belém chegou a 95% de taxa de ocupação hoteleira nos primeiros dias da COP 30. Para receber o grande número de visitantes, entre eles mais de 160 delegações internacionais, a cidade ampliou a capacidade de hospedagem para mais de 53 mil leitos. Além dos hotéis, a estrutura inclui imóveis de temporada e dois cruzeiros — MSC Seaview e Costa Diadema — que funcionaram como hotéis flutuantes;
- 13º salário injetou R$ 7,6 bilhões na economia do Pará;
- Ministério da Pesca suspendeu 35 mil licenças de pescadores profissionais por fraude;
Dezembro
- Faepa promove 64º Encontro Ruralista com debates estratégicos para setor no Pará
- Pará abre mais de 15 mil vagas para cursos técnicos de nível médio
- Pará fecha novembro com superávit de US$ 1,6 bi puxado pelo setor mineral
- Comércio de Belém amplia contratações temporárias para atender demanda dobrada em dezembro
- Em Belém, Ceasa anuncia três dias do Varejão de Natal com produtos para a ceia
- Pará é o 4º em apreensão de ouro ilegal no país, aponta Polícia Federal
- Açaí médio aumenta 37% e o grosso, 32%, nos últimos doze meses em Belém
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