Pará supera 1,4 gigawatt de geração solar própria e mais de R$ 6,1 bilhões em investimentos
Belém figura entre 10 cidades com maior potência instalada, aponta Absolar

O Pará já supera 1,4 gigawatt (GW) de capacidade instalada de energia na geração distribuída - modalidade que permite que consumidores produzam a própria eletricidade por meio de sistemas fotovoltaicos – e mais de R$ 6,1 bilhões em investimentos acumulados na geração solar própria.
Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgados neste mês de setembro. De acordo com a entidade, Belém figura no top 10 das cidades com maior potência instalada de sistemas fotovoltaicos em residências, empresas, propriedades rurais e prédios públicos.
Atualmente, esta geração própria solar abastece mais de 170 mil consumidores no Pará, onde já há 135 mil conexões operacionais da fonte fotovoltaica, espalhadas por 143 cidades, ou seja, 99% dos 144 municípios paraenses.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2024, o Pará detinha 1,11 gigawatt e este ano subiu sua capacidade instalada para 1, 4 gigawatt, o que evidencia o bom desempenho do segmento de energia limpa no território paraense.
"Hoje, qualquer família pode aderir à energia solar. Uma família com dois filhos, um casal, com uma renda média familiar brasileira, pode ter seu projeto. Se você paga 500 reais de energia, você pode ter uma parcela de até 400 reais, tendo uma economia de 20% no seu orçamento familiar”, afirma Benedito Viegas, Ceo de uma empresa paraense do segmento de energia solar, com cinco anos de atuação em Belém.
Pará tem cenário vantajoso para energia solar
Benedito Viegas observa que vem acompanhando o crescimento da demanda por energia solar no Pará. “Um mercado que quase dobra de tamanho todos os anos, porque a procura por energia limpa, por economia”, ressalta ele.
O Pará tem um cenário de vantagens para o uso da energia solar, já considerada uma das alternativas energéticas mais promissoras do novo milênio. Ela é inesgotável, renovável e estratégica para a preservação do meio ambiente, já que não gera poluentes.
“Tem dois fatores que contribuem para que o Pará fique no topo de aquisições de painéis solares. Primeiro, a incidência solar, a gente está muito próximo da linha do Equador, então isso possibilita a instalação de painéis em várias direções, o que ajuda muito na instalação. E o principal, o Pará tem uma das maiores tarifas do Brasil, a maior”, observa Viegas, sobre a necessidade do consumidor economizar.
Viegas argumenta que o consumidor que investe no sistema de energia solar passa a economizar com a conta de luz, a partir de três anos. “Quem adquire sua placa solar hoje consegue ter o seu dinheiro de volta em até três anos e vai ter mais 22 anos pela frente para usufruir da economia que os painéis gerar”, enfatizou ele.
"A democratização da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na transição energética, atrai novos investimentos, gera muitos empregos verdes locais e de qualidade, fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos setores produtivos brasileiros", ressalta Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da Absolar.
No início deste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a maior parte da capacidade instalada de geração distribuída (GD) solar do país corresponde a classe de consumo residencial, com 19,8 GW. Em seguida, vem os sistemas comerciais, rurais e industriais, com 11,3 GW, 5,4 GW e 2,8 GW, respectivamente.
Estados com maior capacidade instalada de geração distribuída solar:
São Paulo (5,7 GW)
Minas Gerais (4,8 GW)
Paraná (3,6 GW)
Rio Grande do Sul (3,4 GW)
Mato Grosso (2,6 GW)
*Atualmente, Pará tem 1,4 GW
Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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