Vendas de acessórios juninos triplicam lucros de comerciantes em Belém
Tradição movimenta a economia e aquece o comércio no centro da capital

Com a chegada do mês de junho, os chapéus de palha, tiaras decoradas e vestidos típicos ganham as ruas, escolas e arraiais de Belém. Mais do que tradição, esses itens movimentam a economia local. Após o aumento nas vendas de tecidos em maio, agora são os acessórios juninos que impulsionam o faturamento de lojistas e vendedores ambulantes — e os lucros podem até triplicar, segundo comerciantes.
“É o nosso melhor período de vendas no ano. O faturamento chega a triplicar”, afirma Junior Halliday, dono de uma loja de aviamentos no centro de Belém. Com uma fábrica própria de fantasias, ele relata que a demanda cresceu nas últimas semanas, puxada principalmente pelas festas escolares.
Segundo o empresário, no mês de maio, até a última semana, a movimentação é de quadrilheiros e a expectativa é que os foliões juninos intensifiquem as buscas por decorações e acessórios para compor as fantasias na primeira semana de junho.
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Chapéu de palha lidera a procura
De acordo com Halliday, o item mais procurado é o chapéu de palha, que aparece em diversos modelos e tamanhos. “É o nosso carro-chefe. Ele abre os pedidos. Depois vêm os acessórios, as fantasias completas e as tiaras”, explica.
A preparação, segundo ele, começa logo após o fim da quadra junina. “Agora em julho, quando acabar essa temporada, a gente já começa a programar os pedidos para 2026”, detalha o empresário.
Reforço na equipe para dar conta da demanda
Com o aumento das vendas, o número de funcionários também cresce. “Normalmente temos 15 balconistas, e nesse período o número sobe para 30”, diz Halliday. A margem de lucro líquido por produto varia entre 15% e 20%, o que garante um retorno significativo. “É o mês em que a gente realmente lucra mais. Investimos pesado para ter retorno agora.”
Comércio informal também comemora resultados
No centro comercial de Belém, a movimentação nas ruas também é intensa. O vendedor ambulante Cláudio Silva confirma a alta procura pelos produtos típicos. “A gente fabrica tudo em casa e vende muito para revenda, especialmente para o interior. Tem barraca que leva tudo em quantidade”, conta.
Ele destaca que o diferencial está nos preços acessíveis e na variedade de produtos. “Vendemos tiaras, caixas decoradas, blusas e acessórios para customização.”
Preços para todos os bolsos
Os produtos juninos agradam quem quer celebrar a tradição sem gastar muito. As tiaras custam a partir de R$ 5; os chapéus, entre R$ 8 e R$ 25; e as fantasias completas variam de R$ 40 a R$ 120.
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