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'Foi um desespero muito grande', relembra médico legista após depoimento sobre caso Yasmin

Euler André Magalhães da Cunha, o Dr. Léo, relembrou dia do passeio que resultou na morte de influencer paraense

Ana Carolina Matos / O Liberal

Mais três testemunhas do caso da influenciadora paraense Yasmin Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, foram ouvidas pela Polícia Civil ao longo desta segunda-feira (20), na sede da Divisão de Homicídios. No início da manhã, foi a vez do médico legista Euler André Magalhães da Cunha dar a própria versão sobre o ocorrido, em um depoimento que durou cerca de quatro horas. No período da tarde, outras duas pessoas que estavam na embarcação junto com a vítima também testemunharam. Dois jovens de prenome Marcos Vinícius e Dielle.

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Flagrado com a jovem durante uma comemoração de futebol e horas antes da tragédia, presenteando Yasmin com ursinhos, Euler André, conhecido como Dr. Léo, era um dos principais depoentes do caso. Indagado sobre a relação com a jovem, o médico reafirmou não ter proximidade com a jovem. "Eu conhecia de vista. Ela era amiga de alguns amigos meus, então devido a isso, muitas vezes nós estávamos no mesmo local, mas eu não tinha uma intimidade", pontuou.

"Nunca tive contato próximo com ela. Nunca andei com ela no carro, nunca convidei ela à festa, não tinha número de telefone, não sabia onde ela morava. Eu estava com outra pessoa. Não tinha proximidade com ela. Era amiga de meus amigos", detalhou.

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Encorajado pelo advogado de defesa, Paulo Maia, o médico disse ainda que havia se relacionado com outra pessoa dentro da embarcação. "Chegando a bordo, eu comecei a conversar com outra pessoa e comecei a me relacionar com essa outra pessoa na lancha", destacou.

Sobre o dia do desaparecimento, o médico alegou não ter visto a jovem se aproximar da água antes de submergir. "Eu não vi em nenhum momento ela indo (para o rio). Haviam pessoas na lancha, estávamos nos divertindo e, de repente, uma amiga dela falou que ela não estava mais na lancha, mas eu não percebi o momento em que ela saiu da lancha", declarou ele, que afirmou ainda que não chegou a descer para o rio e que a lancha ficou parada durante o passeio.

Para Euler, o caso foi um acidente. "Provavelmente foi uma fatalidade, eu acredito que sim, porque não vi nada a bordo que pudesse gerar esse acontecido, não vi nenhum desentendimento entre ninguém, não vi nada que pudesse ocasionar essa situação. Eu não a vi na água em nenhum momento. Sempre a vi dentro da lancha, na parte da frente", disse.

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O desaparecimento, ainda segundo o médico, teria ocorrido às 22h de domingo (12) e as buscas, por parte dos tripulantes, duraram cerca de uma hora e meia. "Foi um desespero muito grande", relembrou ele, que disse ainda que era amigo próximo de Lucas Magalhães, condutor e proprietário da embarcação que foi ouvido na última quinta-feira (16).

Euler é médico legista lotado no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) e na Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Não há informações se Euler teve acesso ao corpo de Yasmin após a morte da jovem. Entretanto, por precaução, o afastamento dele de suas funções foi solicitado à Polícia Civil e ao CPCRC para não atrapalhar as investigações. A informação sobre esses pedidos foi dada por Luiz Araújo, advogado da família de Yasmin.

Relembre o caso

Yasmin Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, desapareceu por volta de 22h30 da noite do último domingo (12), após participar de um passeio de lancha pelo rio Maguari, em Belém, a convite do empresário Lucas Magalhães de Souza. O corpo da jovem foi encontrado às 12h40 de segunda-feira (13), em Icoaraci.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Pará, Yasmin foi encontrada por mergulhadores do 1º Grupamento Marítimo Fluvial (1º GMAF), a aproximadamente 11 metros de profundidade. Várias testemunhas já foram ouvidas, diferentes versões foram apresentadas, o que faz com que o caso ainda seja rodeado de mistérios.

As informações sobre como a vítima caiu da embarcação e não foi vista pelos outros ocupantes ainda são levantadas pela PC. Apenas o resultado de um exame necroscópico, já solicitado pelas autoridades policiais, deverá indicar a causa exata da morte de Yasmin.

Polícia