Presidente do Paysandu admite erros, pede união para reconstrução e cita atacante Rossi Roger Aguilera reconhece falhas na gestão, fala em reestruturação e pede apoio em meio à luta contra o rebaixamento na Série B Fábio Will 16.10.25 20h16 Roger Aguilera explicou situações internas do clube (Matheus Vieira/Paysandu) O Paysandu vive um dos momentos mais delicados da sua história recente. Lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, o clube corre sério risco de rebaixamento à Série C e tenta reagir nas rodadas finais da competição. Em entrevista ao jornalista Abner Luiz, do Grupo Liberal, o presidente do papão, Roger Aguilera, reconheceu erros de gestão, falou sobre o planejamento para 2026 e fez um apelo por mais união dentro e fora do clube. WhatsApp: saiba tudo sobre o Paysandu Presidente reconhece erros e pede mais apoio Roger Aguilera afirmou que, apesar das dificuldades, o grupo seguirá lutando enquanto houver chances matemáticas de evitar o rebaixamento. “Temos seis jogos ainda, com uma possibilidade remota [de se livrar do rebaixamento], mas se tem possibilidade vamos brigar até o fim. Temos 16 atletas que possuem contrato pro ano que vem e temos que analisar, planejar e precisamos ter um suporte maior no clube, uma ajuda maior. Assumi o clube em um momento difícil, eu encarei e não fujo da responsabilidade”, afirmou. O dirigente destacou também o peso emocional do momento vivido pelo torcedor e pela própria diretoria. “O sentimento do torcedor está ferido, o meu e o do meu pai estão feridos. Tento fazer o meu melhor, já ajudo o clube há muito tempo, eu escuto muita coisa e tenho que continuar firme e tentar entregar mais ao Paysandu”, completou. Déficit financeiro e herança de dívidas Aguilera explicou que, apesar da alta arrecadação em 2024, o déficit financeiro do clube ainda é elevado, consequência de compromissos herdados de gestões anteriores. “Quem está do outro lado e não entende, fala que foi a maior arrecadação que o Paysandu teve na história, mas, meu amigo, o déficit é muito alto. Grande parte dessa arrecadação já estava comprometida com o ano passado, em torno de R$ 20 milhões mais ou menos tivemos que usar para pagar coisas do ano passado, então tudo isso prejudica”, detalhou. VEJA MAIS Chances mínimas: Paysandu só escapa do rebaixamento com campanha final quase perfeita Segundo cálculos da UFMG, clube bicolor só evita a queda se alcançar pontuação próxima de 44 pontos, cenário que exige série de vitórias nas rodadas finais. Rebaixamento pode causar prejuízo de até R$ 9 milhões ao Paysandu em 2026 Diferença entre cotas da Série B e Série C é grande; com crise financeira e dívidas trabalhistas, cenário preocupa a direção bicolor Ex-jogador do Paysandu, Vanderson desabafa sobre crise no time e cobra elenco: 'Não entendo isso' Ex-jogador bicolor cobrou os atletas e mandou recardo para o presidente Roger Aguileira Ele também admitiu equívocos em contratações e reconheceu as limitações orçamentárias. “Tem erros de contratações? Vários, todo ano vai ter, mas não é fácil. O torcedor está ferido, já enfrentamos isso tempos atrás e vamos brigar até o fim”, disse. Problemas no elenco e lesões afetaram desempenho O presidente citou ainda que o time enfrentou dificuldades internas, com saídas inesperadas e lesões de jogadores importantes. “Não deu a liga, tivemos os meses de abril e maio duros com muitas partidas e vários jogadores não querendo vir [jogar no Paysandu]. Atletas que estavam aqui e queriam sair, não é fácil e eu errei. Estamos na última colocação do campeonato e é porque tiveram erros em muitas coisas”, afirmou. Ele também mencionou exemplos de contratações e imprevistos que afetaram o planejamento do clube ao longo do ano. “Erramos no executivo. No ano passado o Maurício [Ettinger] contratou o Felipe [Albuquerque] e tinha contrato para este ano. Acreditamos no trabalho, não deu certo. Trouxemos o Rossi com um salário diferenciado, tentei o Thiago Heleno, peguei o Garcez, que tive que pagar R$ 400 mil de empréstimo. Tivemos lesão do Vilela, do Vargas, e o Rossi ficou um longo período fora”, explicou. VEJA MAIS Ex-técnico do Paysandu pode complicar ainda mais a vida do clube na Série B Técnico Claudinei Oliveira, que treinou o Paysandu nesta Série B, é o comandante da Ferroviária-SP, próximo compromisso do Papão na competição Após derrota para o Remo, Paysandu não chega mais à 'pontuação mágica' e rebaixamento é quase certo Com o revés no clássico, o time bicolor perdeu a chance de somar os 19 pontos necessários para a marca teórica de permanência na competição Com derrota para o Remo, Paysandu vê distância para sair do Z-4 aumentar Clube bicolor é o lanterna na Série B e está cada vez mais próximo do rebaixamento Plano de reestruturação e busca por apoio interno Em meio à crise, Roger Aguilera revelou que busca apoio de lideranças internas para reconstruir o clube e montar uma nova estrutura administrativa. “Tive uma reunião com pessoas que possuem influência dentro do clube e eu preciso do apoio deles. Vou agora a uma próxima reunião para montar um modelo em que agrupe mais pessoas, formar uma junta para tomar conta da parte administrativa e do futebol”, disse. O dirigente reforçou que pretende ampliar o diálogo com torcedores, que estiveram em um protesto em frente à sede do clube, na Avenida Nazaré, porém, afirmou que muitos ali estavam querendo “surfar na onda”. “Eu aceito receber o torcedor que possui o sentimento aqui de dentro. Agora, torcedor que está vinculado à oposição para querer surfar na onda, não. O torcedor que estiver com o sentimento mesmo e quer saber a verdade, estamos disponíveis”, declarou. Rossi ficou fora por decisão técnica Aguilera também comentou sobre a ausência do atacante Rossi no clássico contra o Remo, nesta semana. O mandatário bicolor afirmou que possui um bom relacionamento com o atleta e que cobra e é cobrado quando é necessário. “Ele não estava por opção técnica. O técnico já barrou vários jogadores e optou por não levar o Rossi. Eu me dou muito bem com ele, temos uma relação de presidente e jogador. Eu tenho que cobrar quando preciso, e eles também têm o direito de me cobrar quando faltar algo, principalmente em relação a salário”, finalizou. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes paysandu paysandu futebol série b roger aguilera COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Paysandu . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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