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Profissionais da saúde protestam na BR-316 por falta de pagamento

Os manifestantes são funcionários da Pró-Saúde, que cobram salários e parte do 13º supostamente atrasados

O Liberal

Funcionários da empresa Pró-Saúde interditaram parcialmente a rodovia BR-316, na tarde desta quarta-feira (7), por volta das 15h, para cobrar salários atrasados e parte do 13º. De acordo com os manifestantes, nenhuma posição foi dada sobre o prazo em que a situação será normalizada. Com cartazes em mãos, os manifestantes gritavam e cobravam o pagamento dos valores pendentes. Por causa do protesto, o trânsito ficou congestionado na rodovia ao longo da tarde, mas foi liberado por volta das 17h.

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A Pró-Saúde é uma Organização Social de Saúde (OSS) que administrava o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), onde esses trabalhadores atuavam. De acordo com quem participou do ato, a OS não estaria cumprindo com o pagamento dos colaboradores e faltando com os direitos trabalhistas após a demissão em massa que ocorreu no início de novembro. Salário do mês vigente, 13º salário, prazo e, até mesmo, as carteiras de trabalho estão desaparecidas das mãos dos ex-funcionários.

Jeycy Queiroz, técnica de enfermagem, atuava no HMUE antes do corte generalizado que tomou conta da unidade de saúde e diz que a categoria está sem apoio e respostas. “Fomos demitidos sem os nossos direitos trabalhistas, décimo e salário do mês vigente que, por lei, somos garantidos a ter. Saímos de dentro do hospital sem uma data de quando iriam depositar na conta. Está todo mundo perdido, a gente não tem para onde recorrer, não temos apoio do sindicato”, afirma.

Os funcionários estariam em sobreaviso até o dia 12 de novembro, mas, conforme explicaram à reportagem de O Liberal, houve uma redução nos dias e nenhuma explicação. “A gente quer uma posição dos órgãos competentes. A empresa agiu de forma arbitrária com os funcionários e isso é muita falta de respeito. Queremos, pelo menos, o nosso salário do mês e a rescisão, a gente precisa de data”, diz Jeycy.

Manifestantes denunciam irregularidades

Ainda segundo os ex-funcionários que estavam protestando, a empresa Pró-Saúde criou um contracheque em uma plataforma de gestão e afirmou que os pagamentos foram todos repassados. “É como se eles tivessem nos pagado, salário e décimo, mas não tinha dinheiro na conta. Eu sou pai e sou mãe em casa, eu que trabalho para sustentar, tenho um filho para criar e acho que todo mundo está na mesma situação”, finaliza a técnica.

A reportagem entrou em contato com a Pró-Saúde. Por nota, a organização se manifestou e disse que “até o momento não recebeu o repasse relativo a novembro do custeio da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa)”. Segundo a empresa, “o repasse é essencial para realizar os pagamentos do salário vencido nesta data, além da primeira parcela do 13º salário, vencida no dia 30/11, referente a todos os profissionais que atuaram nos hospitais cujos contratos de gestão se encontram com repasses em aberto.”

A Pró-Saúde acrescentou ainda que “está empenhando todos os esforços para que a Sespa cumpra as cláusulas contratuais, que prevê o encerramento da gestão sem prejudicar os funcionários e pacientes atendidos nos hospitais.”

Apesar do protesto ser contra a Pró-Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) também se pronunciou pelo Hospital Metropolitano.

"A Sespa esclarece  que não procede a informação de falta de atendimento e medicamentos e que todos os pagamentos da Sespa para  a Pró-Saúde, Organização Social de Saúde que administra o Hospital Metropolitano estão em dia.  A Sespa destaca que o contrato com a Organização Social em Saúde (OSS) Pró-Saúde já atingiu o prazo máximo previsto em lei, sendo necessário novo processo de contratação no qual todas as OSS habilitadas no Estado participaram.", detalhou em nota.

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