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Projeto “Viver e Dançar” reforça a importância da prática de atividades físicas ao ar livre

As aulas de dança são oferecidas para um público majoritariamente da terceira idade, o que pode ajudar na saúde e na longevidade dos participantes

Diego Monteiro / Especial para o Ananindeua em Revista

Aos 81 anos de idade, a aposentada Rosilda Monteiro serve como inspiração para uma turma de quase 160 mulheres. Pelo menos duas vezes na semana, a idosa se reúne com as amigas para mexer o corpo e suar a camisa.

“Vim de São Paulo com um quadro de depressão e foi aqui que eu consegui encontrar uma forma de me amar mais e me divertir. Hoje posso afirmar que, por meio dessas atividades eu sou uma pessoa melhor”, declarou a sorridente aposentada.

Assídua e empolgada, a dona Rosilda explica que o dia só começa depois da tão esperada atividade física. “Nos dias de aula eu acordo 4h, faço meu caribé, tomo meu banho, me arrumo e cedo estou aqui para mais um dia de exercícios. Quando eu não venho, não é a mesma coisa”, disse.

Essas mulheres fazem parte do projeto “Viver e Dançar”, uma iniciativa criada em 2005 para proporcionar qualidade de vida para homens, mulheres e idosos por meio da ginástica e da dança. Quem comanda o grupo é a professora de educação física, Rodinei Sá Almeida. Ao todo, são 16 anos dando aulas em três bairros de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.

Para ela, participar desse momento faz parte da realização de um sonho. “É um prazer imenso oferecer esse momento para elas e aproveito para aprender com elas, pois elas são minhas referências quando o assunto é energia, força de vontade e molejo no corpo”, destacou a professora.

image Quem comanda o grupo é a professora de educação física, Rodinei Sá Almeida (Sidney Oliveira)

Ainda segunda Sá, esse tipo de ação mostra que cuidar da mente e do corpo cria laços de amizade, oportunidades para se divertir e dá uma chance para a vida. “Quem quiser participar saiba que além de um grupo, aqui somos uma família”, completou a Rodinei Sá.

Diante do momento pandêmico, todos são orientados a seguir os protocolos de segurança estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a proliferação da Covid-19. Portanto, o distanciamento social, a máscara e o uso do álcool em gel são itens obrigatórios antes de começar o molejo.

Benefícios da atividade para idosos

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia no mundo, uma das principais preocupações foi a definição do grupo de risco. Segundo a OMS, entre as pessoas vulneráveis aos efeitos da Covid-19 estão os idosos acima de 60 anos.

Especialistas apostam na prática de exercícios físicos como principal aliado ao público com mais idade. De acordo com os profissionais, esse tipo de prática produz efeitos benéficos ao corpo, como o aumento da produção de endorfina, o hormônio do prazer, essencial ao bem-estar.

O fisioterapeuta, Luiz Augusto Duarte, ressalta ainda a importância de realizar atividades ao ar livre. “Ao assumir essa nova rotina, o corpo começa a produzir vitamina D. Ela serve para regular a absorção de cálcio e fósforo pelo organismo, manter o cérebro funcionando, fortificar ossos, dentes e músculos”, explicou.

Entre outros benefícios, o profissional destaca que “melhora na força muscular, diminuindo o risco de quedas, reduz o uso de remédios, aumenta a autoestima, a confiança e aceitação da imagem que o idoso possui de si mesmo”, finaliza.

A dona Maria do Socorro, de 62 anos, participa do projeto “Viver e Dançar” desde que ele foi criado. Diagnosticada com reumatismo, ela encontrou nas atividades físicas a oportunidade de se livrar das dores nos ossos, articulações, músculos, tendões e ligamentos.

“Com o tempo eu percebi que só os remédios não eram suficientes. Foi quando eu comecei a participar, duas vezes na semana, dessa sequência de atividades promovidas pelo projeto e hoje posso dizer que a minha vida melhorou muito. Tenho uma vida mais ativa e sem dores”, reconhece a idosa.

image Mulheres dizem que o grupo já se tornou uma familia (Sidney Oliveira)

Como participar?


O projeto “Viver e Dançar” oferece atividades físicas, ginástica e dança para qualquer público. Atualmente, os trabalhos alcançam os bairros do Coqueiro, Guanabara e no estacionamento do Ginásio Municipal de Ananindeua (Abacatão).

Na praça Tancredo Neves, na Cidade Nova IV, as aulas acontecem todas às terças e quintas-feiras, a partir das 7h; Nos mesmos dias, às 19h, as aulas são na Rádio Cabano, no bairro do Guanabara; Por fim, as aulas no estacionamento do Abacatão ocorrem todas as segundas e quartas-feiras, às 19.

Para mais informações, o interessado deve entrar em contato por meio do telefone (91) 8343-9051 e falar com a fundadora e professora, Rodinei Sá Almeida.

image Rosilda Ferreira não perde uma aula sequer (Sidney Oliveira)

 

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