'Hétero Top': irmã de vítima pede para que outras mulheres denunciem crimes cometidos por Maurício

Luara Bony, irmã da influenciadora Luma Bony, pediu, nas redes sociais na última terça-feira (13), para que outras meninas que tenham sido vítimas de Maurício César Mendes Rocha Filho, 25 anos, procurem a polícia para denunciá-lo. O motivo é ajudar nas investigações das autoridades e no julgamento do caso pela Justiça.

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Na publicação, Luara agradece a força de outras mulheres que foram vítimas por  denunciarem o que Maurício fez e solicita que outras jovens, que tenham se relacionado com o acusado, denunciem qualquer crime de que tenham sido vítimas durante o convívio com ele. 

“Gente, esses últimos dias não estão sendo fáceis para mim e minha família. Desde que a Luma se foi, foi muito difícil. Pelo menos agora vocês sabem a verdade. Muitas meninas tomaram coragem de falar o que elas passaram. Só tenho de agradecer a cada uma delas, por terem dado à minha irmã a voz que ela não teve. Antes eu tinha duas irmãs, agora, hoje em dia, tenho muitas irmãs. Meninas, para você que ainda não veio falar, que teve a infelicidade de conhecer esse traste e de ter ele (Maurício) em sua vida, fale. Não se cale. A verdade liberta e salva vidas. Salva a sua, as próximas e garante justiça, não só para a minha irmã, mas para você e outras pessoas também”, pede Luara.

“O que eu peço é: se você passou por alguma situação, fale. Venha falar comigo e entender como tudo funciona. Vamos juntas buscar a justiça”, diz a irmã de Luma Bony. 

Segundo a família, o acusado teria embebedado, drogado, abusado e filmado Luma, que estava desacordada. Os parentes afirmam que ele é responsável pela morte da jovem. Maurício publicou um vídeo íntimo em sua antiga rede social, no dia 6 de novembro, três dias antes da morte de Luma.

Importância do surgimento de novas vítimas 

O surgimento de novas vítimas de Maurício é essencial para o processo investigado pela Polícia Civil do Pará (PCPA), por meio da Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados Por Meios Cibernéticos (DCCV). De acordo com o advogado da família Bony, Filipe Silveira, pelo menos três outras vítimas se apresentaram para denunciar Maurício à polícia. 

Filipe afirma que a manifestação por parte de outras mulheres que conviveram com Maurício e que passaram por situações parecidas com a de Luma contribuirá para que a Justiça entenda a periculosidade dele.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada (CMA), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seção Pará, advogada Gabrielle Maués, também reforça a importância de outras vítimas se sentirem encorajadas a relatarem outros crimes de Maurício.