Ronny Silva lança curta-metragem ‘O Grito das Águas’ e alerta sobre poluição dos rios no Pará
A produção chega ao YouTube no próximo dia 7 de março totalmente gratuito
O diretor e ator muanense Ronny Silva, também conhecido na internet por suas pinturas artísticas no corpo e no rosto, vai lançar seu mais novo projeto cinematográfico, o curta-metragem "O Grito das Águas". A mostra estará disponível gratuitamente a partir da próxima quinta-feira, 7, no canal do YouTube do produtor de conteúdo digital "Ronny Silva Makeup", prometendo uma experiência reflexiva aos telespectadores sobre questões ambientais. Essa é a segunda vez que o maquiador aventura-se em produções audiovisuais, a primeira ocorreu há quase cinco anos.
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Agora, Ronny retorna às produções dirigindo o curta e também atuando nele. Na trama, ele dar vida ao Léo, um jovem ribeirinho cuja vida é drasticamente afetada pela poluição dos rios, comprometendo sua subsistência da pesca. A situação se complica até o encontro de Léo com Inara (Caroline Ferreira), que compartilha de suas preocupações ambientais. Juntos, eles descobrem que não estão apenas lutando contra a poluição, mas também são observados por entidades místicas da natureza, tecendo uma narrativa que celebra as lendas e a rica cultura do arquipélago marajoara.
"A ideia do nome do filme veio do socorro, que não só a natureza grita, mas também os seres viventes que nela moram, inclusive, os encantados, nossas lendas que são memórias vivas dos nossos antepassados", explicou Ronny em entrevista ao Grupo Liberal.
Segundo o ator, a inspiração para escrever o roteiro surgiu de suas caminhadas pelas margens do rio, onde Ronny encontrava a realidade do descarte inadequado do lixo que se tornou em dado momento impossível de ignorar.
"Essa preocupação em orientar e educar através do áudio visual nos trouxe essa percepção de roteiro declarando importantíssimo para nossas futuras gerações", acrescentou Silva.
Ronny explicou que o filme não só visa a sensibilização dos espectadores para as questões ambientais críticas, mas também propõe a reflexão sobre como pequenas ações podem levar a grandes mudanças.
A produção do curta-metragem foi gravada no furo Pau Grande, próximo ao rio Inamaru, e em um lixão na cidade de Muaná, localizado na Ilha de Marajó, em uma área reservada para o despejo do lixo, que fica bem longe da cidade.
"Os atores foram selecionados na própria cidade de Muaná, atores marajoaras, que já tem um trabalho tanto no teatro quanto no áudio visual. A preparação foi bem dinâmica até conseguir equilibrar todos em um só objetivo", explicou Ronny.
Os atores Caroline Ferreira (Inara), Benezel Maia (Espírito da Mata), Paula Gui (Zuleica) e Alquias Moraes (Francisco) compõem a trama, além, claro, de Ronny, que teve a missão de dirigir a produção e atuar.
“Foi um desafio autoimposto e um processo exaustivo, mas extremamente gratificante, especialmente ao sentir que estamos contribuindo para uma causa maior”, afirmou Silva.
Para o ator e diretor, todos os atores que fazem parte do enredo contribuem para o mistério do curta, "fazendo com que as histórias se conectem de forma simplificada". "Quero que o público possa se identificar e aprender com os personagens também", declarou Ronny. ]
A expectativa em torno do lançamento é alta, com a comunidade local demonstrando entusiasmo e apoio ao projeto, como pontuou o ator. "As pessoas nos param na rua, querendo spoiler, querendo saber mais sobre o projeto e o carinho vem junto, em forma de parabéns pela iniciativa e por está representando o nosso arquipélago marajoara com este trabalho de valorização, não só cultural, mas também humano", complementou. O curta-metragem teve apoio pela Lei de Incentivo à Cultura, Lei Paulo Gustavo e Governo do Estado.
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