Paraíso do Tuiuti traz ilha do Marajó e Mestre Damasceno para a Sapucaí, exaltando o Pará
A agremiação mostrou no desfile esculturas de animais, sendo eles amazônicos, indianos e até mitológicos
Os búfalos do Marajó, a arte marajoara e o folclore com homenagem ao Mestre Damasceno foram as grandes estrelas da noite que brilharam no desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, que ocorreu na noite desta segunda-feira (20), na Sapucaí pelo Grupo Especial. Enaltecendo o Pará, a agremiação recebeu vários elogios de Alex Escobar, um dos comentaristas da Globo, que acompanhava nos estúdios a transmissão ao vivo. O jornalista afirmou que ao ouvir o samba-enredo sentia-se mais próximo à região Norte.
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A Paraíso do Tuiuti foi a primeira escola de samba e trouxe o enredo "Mogangueiro da Cara Preta", contando a história da chegada dos búfalos na Ilha de Marajó. Para o sambódromo, o carnavalesco João Vitor Araújo, em parceria com Rosa Magalhães, levaram nos 26 carros e 5 alas uma grande epopeia, que mostrou a saída dos animais da Índia no século XIX; a colisão do navio com uma pedra, onde a tribulação humana não sobreviveu e os animais conseguiram nadar até a costa da ilha, conseguindo se salvar e adaptando-se a região.
O samba-enredo "Mogangueiro da Cara Preta" é uma parceria de Cláudio Russo, Moacyr Luz, Gustavo Clarão, Júlio Alves, Alessandro Falcão Pier Ubertini e W. Correia.
Durante os 59 minutos que durou o desfile, o público pôde conferir detalhes enriquecedores da fauna e flora do Marajó, com a personificação em esculturas de botos, onças, jarros e pratos estampados com a arte marajoara.
Na ala “Vem dançar carimbó” os passos característicos estiveram presentes. “Vieram para mostrar as belezas, delícias e arte. O Mestre Damasceno tem muita coisa para nos oferecer e ensinar”, exaltou Milton Cunha.
Mestre Damasceno representou a riqueza cultural e folclórica do Marajó na avenida, trazendo para o desfile um protagonismo da cena local. Junto a ele estava a sua comitiva formada por artistas e técnicos, que formam o grupo Mestre Damasceno e os Nativos Marajoara, que vieram no último carro, o “Bufodromo”.
Milton Cunha disse que o músico, com deficiência visual, teria conhecido todas as alegorias por meio do tato. No desfile, Mestre Damasceno demonstrou alegria e veio em pé no carro, dançando. Esteve presente no carro também a professora de carimbó Andreia de Vascelhos
Apesar de ter feito uma bonita apresentação na visão dos comentaristas, o Paraíso do Tuiuti vivenciou dois perrengues antes e depois de entrar na avenida: parte da frente do carro da Índia deu problema na armação, mas conseguiu entrar na avenida; e depois o mesmo colidiu com hidrante dos bombeiros, desencadeando um vazamento de água na pista.
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