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Golpes virtuais: especialistas alertam para medidas de segurança que evitam furtos de dados

Entre as práticas para ajudar está usar os próprios dispositivos dos aplicativos, como a confirmação de duas etapas

Camila Azevedo
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Os crimes ligados a golpes envolvendo redes sociais, como o WhatsApp, vão desde estelionato, falsidade ideológica, extorsão e violação de dispositivo informático a furto qualificado por invasão. Recentemente, a jornalista Priscilla Castro, apresentadora do jornal Liberal 1ª edição, relatou em suas redes sociais que foi vítima de criminosos que estavam se passando por ela para pedir transferências bancárias. Especialistas alertam que, em casos como esse, é de extrema importância coletar o máximo de informações possíveis do golpista para registrar um Boletim de Ocorrência, o que ajuda nas investigações e serve de cuidados para outras pessoas.

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Uma empresa de segurança digital, a PSafe, realizou um estudo em que mostra que, somente em 2020, cerca de 453 mil pessoas tiveram o WhatsApp clonado ou a conta falsificada. A média levantada pela pesquisa aponta 15 mil vítimas por dia no país. Os golpistas são criativos e invadem os contatos pessoais das pessoas para pedir dinheiro, geralmente afirmando devolver a quantia logo depois.

Os próprios aplicativos dispõem de meios de segurança que dificultam o acesso de terceiros às contas e garantem mais proteção aos usuários. Práticas como: elaborar senhas que fujam de padrões, sem sequências numéricas e datas de aniversários, com caracteres especiais, distintos, ter um e-mail de confirmação de acesso exclusivo e pessoal, além de acionar a confirmação de duas etapas (tática que envia um código para o número de celular) e não compartilhar informações são essenciais para garantir que as contas não sejam invadidas e violadas. Vale, ainda, desconfiar de contatos desconhecidos, sempre procurando confirmar os dados.

Ainda também é possível denunciar esses casos pelos próprios apps, abrindo conversas e informando o ocorrido. Isso pode ser efetivo para a empresa em questão neutralizar o golpista. O advogado criminalista Adrian Silva diz que, aliado a estas questões, juntar todas as provas possíveis do golpe é uma maneira de rastreio para evitar danos.

“O segundo ponto é procurar as autoridades, de forma física ou online. Bater print da conversa, anotar a numeração, pedir os dados bancários da pessoa que está aplicando o golpe e registrar a ocorrência são formas de se precaver que você mesmo seja investigado e processado, como se fosse o responsável pelos atos”, explica o especialista. 

A Lei 14.155/21 diz que a prática de fraudes, estelionatos, invasão de dispositivos com o intuito de furtar, apagar ou alterar dados nos meios digitais, incluindo os golpes via WhatsApp, pode resultar em uma condenação de quatro a oito anos de prisão.

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O principal delito, na prática de golpes via redes sociais, é o estelionato, conforme aponta o advogado. “É o que mais testemunhamos, quando uma pessoa se passa por outra pedindo transferência de valores, enganando-a. Esse é o estelionato em ambiente virtual. São crimes não violentos que envolvem habilidades por parte dos agentes, são inteligentes e sabem ludibriar as pessoas, acreditando no que não existe”, destaca Adrian.

A maioria dos golpes segue um padrão, como pedidos de dinheiro, mas alguns mecanismos têm sido desenvolvidos para driblar a segurança dos aplicativos e ludibriar as pessoas com o mesmo objetivo. 

Urubu do Pix

Este golpe promete dinheiro fácil e é feito por meio de perfis falsos, geralmente com uma grande quantidade de seguidores. O objetivo é manipular as pessoas oferecendo oportunidades questionáveis por meio do uso de malwares, vírus de computador. 

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Uma oferta que parece imperdível é publicada: nela, o usuário que realizar a transferência de um determinado valor, via pix, terá a quantia multiplicada e devolvida minutos depois. Mas, o dinheiro não volta e a pessoa pode ter outros problemas com a possibilidade de roubo de dados pessoais, já que o número de CPF é utilizado.

Projeto Am

Uma mensagem que circula pelo WhatsApp e por SMS afirma que a pessoa ganhou uma oportunidade de emprego de meio período ganhando até um salário mínimo por dia de trabalho. O link contido na mensagem leva para uma outra mensagem no aplicativo que esconde um esquema de phishing (enganar pessoas para que compartilhem informações confidenciais). Neste golpe, as vítimas são induzidas a comprar um curso preparatório. A principal forma de se proteger é não responder e bloquear o contato.

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Serviço

Em Belém, a população pode contar com a Delegacia de Crimes Virtuais, localizada na rua Oliveira Belo, bairro do Umarizal.

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