Sabores da Amazônia na rota da COP 30: gastronomia paraense ganha força e visibilidade internacional

O Grupo Liberal produziu a série especial “Gastronomia Pai D’Égua”, composta por quatro reportagens que serão publicadas até o próximo dia 22 de julho

Bruna Lima

A riqueza e a diversidade da gastronomia paraense vêm conquistando paladares ao redor do mundo. Com a aproximação da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em novembro de 2025, os empreendedores do setor alimentício intensificam os preparativos para transformar a capital em um destino gastronômico de referência internacional. De ingredientes ancestrais a experiências imersivas, a culinária local é vista como um dos maiores ativos culturais e econômicos do Pará.

Para exemplificar como essa gastronomia tem se fortalecido cada vez mais em Belém, o Grupo Liberal produziu a série especial “Gastronomia Pai D’Égua”, composta por quatro reportagens que, além desta segue nos dias 15, 20 e 22 de julho, tanto no portal Oliberal.com quanto no jornal O LIBERAL. A primeira delas, com o restaurante Amazônia na Cuia, a qual destaca os empreendimentos que têm investido em inovação, qualificação e identidade amazônica para oferecer uma experiência completa aos visitantes que virão à cidade durante a conferência climática.

Um dos exemplos é o restaurante Amazônia na Cuia, fundado pelo empreendedor Rafael Barros de Souza, que se tornou uma das principais referências da gastronomia regional no estado. A poucos meses da COP 30, o restaurante já vive uma intensa preparação para receber turistas de todo o mundo. "Há três anos já oferecíamos aulas de inglês para nossos colaboradores, sem sequer imaginar que a COP seria realizada em Belém. Hoje, 28 pessoas da equipe de atendimento continuam os estudos em inglês, e também já temos cardápios traduzidos para o inglês, espanhol e, em breve, francês", conta Rafael.

A estratégia do restaurante vai além da língua: inclui treinamentos em hospitalidade, turismo, artesanato e geografia do Pará, para que cada colaborador seja também um embaixador da cultura local. "O Amazonas na Cuia quer ser mais do que um lugar para comer. Queremos ser um ponto turístico gastronômico. Por isso, formamos uma equipe que sabe não apenas servir, mas contar histórias e apresentar o Pará", afirma o empresário.

image Amazônia na Cuia Foto: Ivan Duarte

Novo espaço

A expansão da marca também segue ritmo acelerado. Atualmente, o restaurante já conta com duas unidades, a mais recente localizada na avenida Duque de Caxias, estrategicamente posicionada próxima ao Hangar, além de que é uma via que dá acesso ao centro de Belém. Uma terceira unidade será inaugurada em setembro, no Porto Futuro I, um dos pontos turísticos mais visitados de Belém. Com mais de mil metros quadrados e capacidade para 400 pessoas, o novo espaço é pensado para receber grandes grupos e promover experiências imersivas.

Um dos diferenciais da nova unidade será o conceito da "Cúpula da Amazônia", com ambientação inspirada na floresta e nos países que compõem a região amazônica. “Vamos ter uma castanheira gigante esculpida por um artista plástico, 11 mangueiras, mesas temáticas representando os nove países da Amazônia. É um ambiente que vai envolver os visitantes não só com comida, mas com arte, conhecimento e pertencimento”, detalha Rafael.

Diferencial

Outro destaque do restaurante é o menu degustação servido em cuias, símbolo ancestral da cultura indígena amazônica. A proposta é permitir que os visitantes conheçam, em uma única refeição, os sabores mais marcantes da culinária paraense: tacacá, maniçoba, caruru, moqueca de filhote, farofa com farinha de Bragança, entre outros. “É um tour gastronômico. O turista pode experimentar várias delícias de uma só vez, servidas nesse recipiente tradicional que carrega a alma da nossa terra”, explica Rafael.

Além do impacto cultural, o Amazônia na Cuia também se destaca pelo papel social. Com a nova unidade, serão contratados mais de 70 novos colaboradores, reforçando o compromisso com o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. A equipe passa por um onboarding robusto, com material de estudo de mais de cem páginas sobre a história, cultura e ingredientes do Pará.

Sobre as expectativas para a COP 30, Rafael é enfático. “A conferência não é um evento de 15 dias. Ela já começou e o mais importante será o legado. Precisamos estar unidos , setor privado, governo e sociedade, para mostrar que o Pará tem a melhor gastronomia, bons hotéis, segurança e hospitalidade. Se fizermos bem feito, o turismo vai crescer muito nos próximos anos”, destaca o empresário. 

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM