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Voluntários fazem a diferença na caminhada dos promesseiros

Pároco da igreja matriz de Ananindeua, padre Chicão, diz que voluntariado é bom para quem dá e para quem recebe

Daleth Oliveira
fonte

Há pelo menos 229 anos, tempo em que é realizada a maior festa religiosa da América Latina, o Círio de Nazaré, milhares de fiéis saem de suas casas, até mesmo fora da Região Metropolitana de Belém, para peregrinar rumo à Basílica Santuário com o objetivo de pagar promessas à Padroeira da Amazônia. Por esse motivo, nos dias que antecedem a festividade, a rodovia BR-316 vira um corredor de promesseiros.

Desde fevereiro de 2020, após o início da pandemia da covid-19, a organização do Círio de Nazaré anunciou o cancelamento das procissões oficiais. No entanto, mesmo com as restrições, os religiosos se organizam espontaneamente para manutenção das tradições e cruzam municípios a pé. Para dar suporte a essas pessoas de fé, vários pontos de apoio são implantados no entorno da via, com a força e mão de obra de voluntários, que se prontificam a cuidar do próximo.

Em frente ao Colégio Salesiano do Carmo, no centro de Ananindeua, um grupo de alunos e ex-alunos estão à disposição dos promesseiros. Para o diretor da comunidade Salesiano e pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, a oportunidade é enriquecedora não apenas para quem recebe ajuda, mas também para quem se voluntaria.

image O jovem de 19 anos Paulo Trindade participa da acolhida dos romeiros (Sidney Oliveira)

“Nós desenvolvemos essa obra aqui no Salesiano há quase 11 anos. É uma experiência humanizadora e evangelizadora, pois quem está fazendo a peregrinação, está fazendo uma experiência de fé. Então aqui, vamos conhecer muitas histórias de vida, viver muitas emoções e se aproximar das pessoas. Mas além disso, é um momento de acolhida, de ajuda, de suporte para quem está percorrendo esse trajeto até a Basílica de Nazaré”, conta o líder religioso.

“Naturalmente, o voluntariado faz com que as pessoas saiam de si próprias para poder acolher a realidade do outro. Pessoas diferentes de realidades diferentes, tudo isso nos enriquece, porque quando encontramos o diferente, confrontamos nossas visões e emoções. As pessoas acham que estão dando, mas na verdade estão recebendo. Com a acolhida, vem a gratidão, o sorriso, uma lágrima, uma partilha de fé. Isso é voluntariado”, finaliza.

O jovem de 19 anos, Paulo Trindade, participa da acolhida dos romeiros pelo quarto ano consecutivo. Ele conta que sua motivação vem da fé e gratidão à Nossa Senhora de Nazaré por ouvir suas orações. “Há seis anos atrás, minha tia estava doente, em estado terminal, e eu e minha família nos unimos e pedimos para Nazaré acabar com o sofrimento, tantas dores de minha parente. Foi quando me aproximei ainda mais da fé católica e hoje, sigo firme nela”, testemunha.

 

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