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Modelista paraense ajuda mulheres com método revolucionário de costura para iniciantes

Cristiane Albuquerque ensina a suas alunas os métodos ‘Caimento Perfeito’ e ‘Arquitetura do Corte’. Ambos, criados e patenteados pela paraense, estão ajudando a restaurar a autoestima de diversos moradores de Ananindeua e regiões próximas.

Igor Wilson
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“A experiência que vivi com as outras alunas foi incrível. Até as aparências delas mudaram após a experiência de criar e vestir sua própria peça. Sabe aquela coisa de revitalizar a alma? Foi isso que experimentamos”. A fala é de Elke Lima, de 47 anos, moradora da Cidade Nova 8. Ela foi uma das alunas do curso de costura e modelagem realizado por Cristiane Albuquerque no mês passado, em Ananindeua. A experiente modelista master, criadora de dois métodos de ensino que desmistificam alguns conceitos da costura, trabalha percorrendo diversos municípios do estado ensinando a arte da costura a homens e mulheres.  

Cristiane ensina a suas alunas os métodos ‘Caimento Perfeito’ e ‘Arquitetura do Corte’. Ambos, criados e patenteados pela paraense, estão ajudando a restaurar a confiança e autoestima de diversos moradores de Ananindeua e regiões próximas, entre os quais está Elke. No último curso, ministrado em um espaço público localizado no bairro do Icuí-Guajará, participaram 25 mulheres de vários bairros da região. Durante um mês as alunas tiveram a oportunidade de criar suas próprias roupas, interagir com o mercado profissional e descobrir novas possibilidades de renda. Quem antes achava que costurar era algo impossível, hoje comemora suas primeiras peças criadas.  

“O Caimento Perfeito é para iniciantes, que começam do zero, e o Arquitetura do Corte é para quem já sabe alguma coisa e quer fazer alfaiataria”, diz a modelista. Cristiane dedica sua vida a repassar os frutos de sua carreira no universo da modelagem. Começou a se interessar pelo mundo da moda ainda na infância. Apesar da estabilidade profissional, Cristiane sempre se incomodou com as dificuldades teóricas da costura, que impediam muitas mulheres a iniciar. Foi quando passou a se dedicar na criação de um método de ensino mais simples e com a mesma eficácia.

“Quando participei de um curso no IAP, conheci a Marta Suplicy. Ela elogiou muito meu trabalho, disse que nunca tinha visto os métodos e que era importante eu patentear. Foi o que fiz. Hoje trabalho dando aulas sobre estes métodos, principalmente em projetos sociais”, diz.

image Aluna aprende a criar suas próprias roupas, o que antes parecia impossível. (Arquivo Pessoal)

TRABALHO EM ALTA 

Fazer sua roupa utilizando suas próprias mãos, do seu jeito. O que antes parecia algo “cafona”, hoje é algo bastante valorizado, em alta no mundo da moda. A sustentabilidade chegou forte em todos os setores da moda nacional e internacional. Para as alunas de Cristiane, o curso representou bem mais. A linha e a agulha não costuram apenas roupas, mas servem também como terapia para várias mulheres. 

“O curso realmente me proporcionou uma elevação da minha autoestima, me deu uma outra visão da realidade, a minha e também das outras pessoas. A importãncia de aprendermos para ajudarmos em poder saber ajudar. Fiquei muito feliz porque eu consegui realizar algo na minha vida aos 47 anos. Achava um bicho de sete cabeças a costura, que não ia conseguir aprender, mas a professora trouxe esse método e todo mundo conseguiu finalizar concluindo todas as etapas, fomos juntas até o final”, diz Cleo Souza, aluna de 57 anos que participou do último curso.

image Cristiane Albuquerque patenteou seus dois métodos e percorre cidades paraenses ensinando. (Arquivo Pessoal)

Cristiane divide o curso em etapas, consegue em poucas palavras e muita ação mostrar a simplicidade do que antes parecia impossível para muitas das suas alunas. No curso para iniciantes, utilizando o método ‘Caimento Perfeito’, a professora ensina suas alunas a criar roupas sem a utilização de réguas e cálculos matemáticos, utilizando apenas a fita métrica. O método tem aproximado pessoas do mundo da modelagem. Muitas das alunas já era admiradoras do mundo da costura, mas não conseguiam aprender com métodos convencionais.   

“As aulas são maravilhosas porque todas nós temos o cuidade de mexer com a autoestima, de aprendermos juntas, além dos métodos de costura, a nos amarmos, levantar a cabeça, nos acharmos capazes de fazer qualquer coisa possível para melhorarmos nossas vidas. Então são vidas que se aproximam.”,  diz a professora, que também dá aulas a egressos do sistema penal em cursos oferecidos pelo governo paraense.

image Aluna Cleo Souza posando com vestido criado por si. Satisfação e felicidade no sorriso. (Arquivo Pessoal)
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