Mulher que foi racista com Eddy Jr. escreveu diversas reclamações contra o humorista
Diversas queixas contra a agressora foram feitas por outros moradores

Após o humorista Eddy Jr. divulgar um vídeo no qual sofre ofensas racistas de uma vizinha, muito tem se falado sobre esse caso. Desta vez, foram divulgados prints de e-mails e registros de reclamações contra a aposentada apontada como a agressora. Segundo informações do G1, há diversos registros de textos escritos pela moradora, Elisabeth Morrone, nos quais ela reclama de várias situações, como supostas situações de gás cortado por "delinquentes", barulhos e animais no apartamento de Eddy. Em muitas dessas reclamações, o humorista não estava em casa no momento.
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Em outro print, Elisabeth escreve que precisa trocar a fechadura de sua casa, pois segundo ela, o local foi invadido.
"Entre muitos problemas relacionados à segurança, pois tive meu apartamento invadido e automatizado, e 'tou' vivenciando grande sofrimento por não poder dormir. O apto [apartamento] 54 - bloco A, todos os dias, das '02:00 hrs às 05:30 hrs', arrasta uma infinidade de vezes os móveis da moradia. O barulho é uma tortura. Já reclamei diversas vezes e quando isso ocorre, o inquilino fica irritado e aumenta o barulho", diz um texto escrito por ela.
Em um e-mail, a aposentada afirma que não é respeitada. "Se o problema não for resolvido, deverei entrar com ação no final deste mês. Impossível viver nessas condições!!! Todo ser humano tem o direito de uma noite de sono e eu não estou desfrutando desse direito, pois estou sendo torturada dentro do meu próprio apartamento, por pessoas que não respeitam o direito das outras", contou ela.
Alguns registros mostram a agressora e o filho na porta do humorista o ameaçando com uma faca na mão. Eddy conta que sofre perseguição desde abril.
Resposta do condomínio
Ainda de acordo com o G1, o advogado que representa o condomínio, Diego Basse, disse que as reclamações da vizinha foram analisadas e consideradas inconclusivas. Em relação aos barulhos, foi dito que elas tiveram o encaminhamento comum dentro da conduta de regras do local.
Segundo ele, Elisabeth será multada em dez vezes o valor mensal do condomínio. O advogado também afirmou que no momento do episódio de ameaça com a faca, ela já tinha sido multada.
“O Código Civil prevê no artigo 1.337 que o condômino antissocial que cometer atos reiterados de incompatibilidade de convivência social poderá ser multado sumariamente. Nós já estamos aplicando essa multa, e uma assembleia extraordinária será convocada para ratificar essa multa e deliberar sobre outras providências”, afirmou o advogado.
“O valor do condomínio é de R$ 700 a R$ 800 por unidade. Então, nós vamos ter uma penalidade ali de aproximadamente R$ 7 mil a R$ 8 mil”, completou o advogado.
Diego ainda disse que o condomínio vai sugerir na assembleia uma medida judicial de abstenção de novos atos e agressões por parte da agressora. Se as agressões persistirem, ela poderá ser expulsa do condomínio.
Versão de outros vizinhos
Após a denúncia do caso por Eddy, na segunda-feira, 17, um grupo de moradores do lugar fizeram, na quarta, 19, um protesto pedindo a saída da moradora do condomínio.
Em entrevista à TV Globo, uma das moradoras do local, Janaína Tozzi, afirmou que há relatos sobre o filho da aposentada circular pelo lugar ameaçando crianças.
“Já ouvi falar [aqui no prédio] que o filho dela ameaça as crianças, acua as crianças porque não gosta delas. Ele amedronta as crianças. São relatos de antes de o Eddy vir morar aqui. O Eddy mora sozinho com uma cachorra e a cachorra dele nem late. Eu e os meus filhos incomodamos mais ele do que ele a gente”, disse ela.
De acordo com Janaína, que é vizinha de porta, ela testemunhou diversas vezes as agressões de Elisabeth contra Eddy e diz ser "puro racismo".
“Todos os fatos eu presenciei. Só não esse último, porque eu estava hospitalizada, quando ela o chamou de macaco. Dói na minha pele branca ouvir isso. Vocês não podem se acostumar com isso, gente. Isso não é normal. É racismo puro”, contou Janaína Tozzi.
(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do Coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)
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