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Editora Pará.Grafo responsável por reeditar obras de Dalcídio Jurandir fechará as portas

Proprietário Dênis Girotto anunciou o fechamento da editora que relançou clássicos da literatura paraense e novos autores amazônicos

Vito Gemaque

Após seis anos e meio de atividade com o lançamento de obras do escritor Dalcídio Jurandir, de autores clássicos da literatura paraense, como Jaques Flores e Inglês de Souza, e nomes da produção contemporânea, a Pará.grafo Editora, de Bragança, fechará as portas. O anúncio foi feito pelo proprietário Dênis Girotto na última quinta-feira (11), pelo perfil da editora nas redes sociais.

"Foram 6 anos e meio de muito trabalho e dezenas de projetos literários desenvolvidos: 78 livros publicados, grandes clássicos da literatura nortista e também autores estreantes. Todo esse tempo me empenhei ao máximo para levar aos leitores grandes histórias, textos sensíveis com a diversidade humana e socialmente engajados", disse.

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O escritor Alfredo Garcia, que teve livros publicados pela Pará.Grafo, escreveu o texto "Réquiem para uma editora", em que exalta o trabalho realizado. "Quando uma editora morre, morre um pouco da gente. Tudo bem, dirão os idiotas do ceticismo capitalista: deve ter sido má gestão, equívocos administrativos etc. Acontece que uma editora de livros não é uma empresa qualquer; ela é um armazém de sonhos, um arsenal de utopias, uma trincheira de ideias. Quando ela se vai, tudo que enumerei se esboroa, desmorona", dedicou. 

O site da Pará.grafo Editora continuará online até setembro deste ano com a venda de todos os livros em promoção por R$ 20 para liquidar o estoque. A partir de setembro, os livros que restarem serão doados para bibliotecas públicas e projetos sociais.

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