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Campanha para reeditar obra de Dalcídio Jurandir e Jaques Flores chega aos últimos dias

Editora Pará.grafo tenta reeditar os clássicos paraenses “Ribanceira” e “Panela de Barro” por meio de crowfouding

Vito Gemaque
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A incansável mobilização para lançar todos um novo livro do Ciclo Extremo Norte de Dalcídio Jurandir e crônicas selecionadas de Jaques Flores chega a reta final nesta semana. A campanha de crowfouding da editora Pará.grafo, que fica no ar até o dia 13 de maio, pretende reeditar os livros “Ribanceira”, de Dalcídio Jurandir, e “Panela de Barro”, de Jaques Flores. Ambas as obras estão esgotadas nas livrarias paraenses há vários anos. Os interessados poderão contribuir pelo site catarse.me/jaquesedalcidio, a partir de R$ 20. Cada contribuição garante um tipo diferente de recompensa.

A meta desta campanha é alcançar R$ 28 mil para editar mil livros “Ribanceira” e 500 de “Panela de Barro”. Quem apoiar pode escolher entre diversas opções de contrapartida. Além dos livros físicos e e-books, é possível adquirir um dos seis originais das ilustrações internas, ter o nome impresso na lista de apoiadores no livro, receber um pacote com todos os livros do autor já publicados pela editora, entre outros. Há também opções para livrarias e sebos, com condições especiais.

Segundo o editor e coordenador da campanha Denis Girotto, as reedições são importantes para trazer popularizar esses clássicos autores paraenses. O apuro nas edições tem conquistado os leitores. “A repercussão e o feedback são maravilhosos não só das livrarias, mas dos apoiadores, das universidades, que sempre entram em contato conosco e dizem que essas são as melhores edições do Dalcídio Jurandir. Nós ficamos felizes com essa recepção que os livros estão tendo, a ideia é ter outros autores com edições caprichadas”, agradeceu. “Pretendemos lançar Bruno de Menezes, Linda Norcelina, Eneida de Moraes, Haroldo Maranhão, e todos os autores paraenses”, complementa.

image Capas dos livros "Ribanceira", de Dalcídio Jurandir, e "Panela de Barro" feitas pela editora Pará.grafo. (Divulgação Pará.grafo)

Desde 2017 a Pará.grafo Editora, de Bragança, vem realizando campanhas de financiamento coletivo pela internet para arrecadar fundos a fim de reeditar as obras do romancista marajoara Dalcídio Jurandir, que tinha a maioria de seus livros esgotados há várias décadas. De lá para cá a editora realizou três campanhas e conseguiu reeditar cinco livros dos 11 que o autor escreveu, são eles (em ordem de lançamento): Ponte do Galo [2017], Três Casas e um Rio e Os Habitantes [2018], e Chove nos Campos de Cachoeira e Chão dos Lobos [2019].

Neste ano, a campanha iniciada no dia 28 de fevereiro conseguiu alcançar boa parte da meta em pouco mais de uma semana, porém a pandemia do COVID19 fez os apoios praticamente pararem durante algum tempo. Devido a isso, a editora pausou a campanha por duas semanas.

“Nós paramos durante 15 dias. Foi justamente quando iniciou o surto de Covid, precisamos parar para repensar a campanha. Neste clima de pânico e temor os colaboradores se afastaram, os apoios diminuíram consideravelmente, e tivemos que repensar tudo. A gente voltou já com uma estratégia de falar da campanha com os apoiadores de maneira mais próxima, para tentar ‘desmecanizar’ essa campanha”, afirmou Denis Girotto. 

Autores – Dalcídio Jurandir (1909-1979) foi um dos maiores autores paraenses. Escreveu no total onze romances, dos quais dez formam o chamado Ciclo do Extremo-Norte, que lhe garantiu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972. Dalcídio ganhou edições em Portugal e na Rússia. Ele também colaborou como jornalista e cronista em diversos jornais e revistas regionais e nacionais. É considerado por muitos o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século XX.

Jaques Flores (pseudônimo de Luis Teixeira Gomes) foi um dos principais escritores paraenses do século XX. Jornalista engajado e notório contador das coisas de seu tempo e de sua gente, escreveu para jornais e revistas de Belém entre as décadas de 30 e 50, sempre com aprimorado senso de humor e ironia nas crônicas e poemas, em especial quando tratava de algum escândalo da época. Publicou cinco livros, cujas edições foram rapidamente esgotadas: Berimbau e Gaita: versos e verdades (poesia, 1925), Cuia Pitinga (poesia, 1936), Vespasiano Ramos em sua obra (ensaio, 1942), Panela de Barro (crônicas, 1947) e Severa Romana (1955).

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Cultura
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