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Fernanda Torres 60 anos: atriz tem trajetória marcada por prêmios, filmes icônicos e reconhecimento

Colunista Ismaelino Pinto comenta marcos da carreira e a versatilidade de Fernanda Torres no cinema

Amanda Martins
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Fernanda Torres, considerada uma das atrizes mais versáteis e respeitadas do Brasil, completa seis décadas nesta segunda-feira (15). Neste ano, o aniversário veio acompanhado de um marco histórico para o cinema nacional: a atriz foi indicada ao Oscar 2025 de Melhor Atriz por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, longa de Walter Salles. O filme, produzido pela Globoplay, conquistou também o prêmio de Melhor Filme Internacional, resultado em um clima de felicidade semelhante a um final de Copa do Mundo. 

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Ao interpretar Eunice, Fernanda levou o público para o Rio de Janeiro de 1971, explorando a força de uma mulher que precisou se reinventar após um ato de violência de Estado contra sua família. A atuação lhe rendeu ainda o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama.

Na época, Fernanda foi protagonista de uma ampla campanha internacional pela premiação do Oscar. Participou de programas como o Good Morning America e foi destaque em veículos internacionais como The New York Times e Variety. Sua imagem foi central na divulgação do longa, tornando-se símbolo da visibilidade alcançada pela produção brasileira.

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Após as premiações, integrou o júri do Festival Internacional de Cinema de Veneza, a convite do diretor Alberto Barbera, ao lado de nomes como Alexander Payne, Mohammad Rasoulof e Zhao Tao.

Primeiros passos nas artes

Filha de Fernanda Montenegro e Fernando Torres, a artista cresceu no ambiente das artes. Aos 13 anos, ingressou no Tablado, escola de teatro carioca. Estreou em novelas em 1981, em “Baila Comigo”, e construiu uma sólida carreira também na televisão, com destaque para séries como “Comédia da Vida Privada”, “Os Normais” e “Tapas e Beijos”. Paralelamente, publicou os livros “Fim” e “A Glória e seu Cortejo de Horrores”.

Estreia no cinema e primeiros prêmios

No cinema, a estreia aconteceu em 1983, aos 17 anos, em “Inocência”, de Walter Lima Jr. Dois anos depois, em “A Marvada Carne”, de André Klotzel, conquistou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado.

Ao longo da carreira, a atriz participou de 24 filmes, incluindo um curta-metragem e uma colaboração no roteiro de “Redentor” (2004), dirigido por seu irmão, Cláudio Torres. Entre os títulos de destaque estão “Eu Sei Que Vou Te Amar” (1986), de Arnaldo Jabor, vencedor em Cannes e em Cuba; “Com Licença, Eu Vou à Luta”  (1986), premiado no Festival de Nantes; “One Man's War” (1991), ao lado de Anthony Hopkins; “Terra Estrangeira” (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas; “O Que É Isso, Companheiro?”  (1997), indicado ao Oscar; e “Casa de Areia” (2005), em que atuou ao lado da mãe, sob direção de Andrucha Waddington.

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O olhar da crítica

Para o jornalista e colunista do Grupo Liberal, Ismaelino Pinto, Fernanda mostrou desde cedo sua força no cinema. “Eu acho que ela apareceu de verdade em ‘Inocência’, quando ainda era bem jovem. Mas talvez o grande momento inicial tenha sido ‘A Marvada Carne’. Foi um filme de baixo orçamento, independente, que acabou fazendo muito sucesso”, avaliou o comentarista de cinema,  membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e da Associação de críticos de cinema do Pará (ACCPA).

Ismaelino também destacou o amadurecimento da atriz, sobretudo em sua atuação mais recente. “Em ‘Ainda Estou Aqui’, ela se mostra madura, versátil e com uma capacidade dramática muito grande. A campanha para o Oscar deixou evidente o quanto é aplicada: participou de todo o circuito de divulgação, cumpriu sua função e ganhou visibilidade internacional. Ela foi a cara do filme e da campanha que chegou até a premiação”, afirmou.

Ao analisar os marcos da carreira, o colunista ressaltou o impacto de ‘Eu Sei Que Vou Te Amar’. “Foi um filme de dois personagens em diálogo intenso, que lhe deu projeção internacional. Até então, era vista como filha de Fernanda Montenegro, mas a partir dali conquistou vida própria como atriz”, lembrou.

Para ele, dois trabalhos simbolizam a versatilidade de Fernanda. “Um é ‘Terra Estrangeira’, um filme introspectivo de Walter Salles que fez grande sucesso. O outro é ‘Eu Sei Que Vou Te Amar’, em que ela exercitou a força do texto e dos diálogos intensos. Esses dois momentos espelham sua capacidade de transitar entre registros distintos com a mesma intensidade”, destacou.

Maratona especial de filmes

E, para comemorar o aniversário de Torres, o Canal Brasil fará uma homenagem à atriz com uma maratona especial com produções marcantes de sua carreira. Na segunda-feira, a partir das 20h, o canal de televisão  exibirá 11 filmes protagonizados por Fernanda. Entre os títulos estão ‘Jogo de Cena’, ‘Os Normais: O Filme’, ‘Saneamento Básico: O Filme’ e ‘Inocência’. 

A programação especial começará com ‘Terra Estrangeira’. O longa, que marcou a trajetória de Fernanda no cinema, integra a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, segundo a Abraccine. 

A Globoplay também reuniu títulos de Fernanda Torres disponíveis no streaming para homenagear a atriz. Entre eles estão ‘Ainda Estou Aqui’, as séries ‘Tapas e Beijos’, ‘Fim e Gilda’, ‘Lúcia e o Bode’; e os filmes ‘Os Normais’, ‘Filhos da Pátria’, ‘Saneamento Básico, o Filme' e ‘O Que É Isso, Companheiro?’.

Confira a programação de maratona do Canal Brasil:

  • "Terra Estrangeira" (1996) - Segunda, dia 15/09, às 20h
  • "O Primeiro Dia" (1997) - Segunda, dia 15/09, às 21h40
  • "Eu Sei que Vou Te Amar" (1986) - Segunda, dia 15/09, às 22h55
  • "Casa de Areia" (2005) - Terça, dia 16/09, à 00h40
  • "Traição" (1998) - Terça, dia 16/09, às 2h35
  • "Gêmeas" (1999) - Terça, dia 16/09, às 4h20
  • "O Que É Isso, Companheiro?" (1997) - Terça, dia 16/09, às 5h30
  • "Jogo de Cena" (2007) - Terça, dia 16/09, às 7h25
  • "Os Normais: O Filme" (2015) - Terça, dia 16/09, às 9h15
  • "Saneamento Básico: O Filme" (2007) - Terça, dia 16/09, às 10h45
  • "Inocência" (1983) - Terça, dia 16/09, às 12h40

 

 

 

 

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