Enem 2023: não estudou nada no 1º semestre? Veja como recuperar o tempo perdido
O professor Bruno Gibson, de Língua Portuguesa, garante que, com dedicação, é possível garantir um bom desempenho na prova estudando a poucos meses antes da prova
Enquanto muitos alunos se dedicam à preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde o início do ano, muitos estudantes optam por iniciar a preparação apenas no segundo semestre. Faltando pouco menos de 4 meses para a prova, é necessário correr contra o tempo para desenvolver os conhecimentos exigidos pelo exame. Na 16ª reportagem da série sobre o Enem, publicada todas às sextas-feiras, no jornal O Liberal e no portal OLiberal.com, o professor Bruno Gibson, de Língua Portuguesa, garante que, com dedicação, é possível garantir um bom desempenho na prova, mesmo com o início da preparação a partir desse período do ano.
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Gibson lembra que, durante esse período de preparação, é comum que os alunos possam enfrentar alguns desafios, como o fato de ter que lidar com uma grande quantidade de informações em curto intervalo de tempo, o equilíbrio emocional e, até mesmo, o cansaço mental — em consequência da árdua rotina de estudo. Entretanto, o professor diz que é possível driblar esses desafios e estudar, mantendo um equilíbrio para garantir uma boa performance na prova do vestibular.
“A gente tá falando de 3 meses para o aluno se capacitar para fazer uma prova que vai decidir o futuro. E isso pesa muito para os jovens e jovens adultos. É muito importante procurar um auxílio, ajuda de psicólogo para que se faça esse acompanhamento. Outra dificuldade é o cansaço mental, haja vista que ele vai ter que ler e resolver muitas coisas. E tem que gente que ainda vai conciliar com o trabalho, com os afazeres domésticos, tem gente que, além de estudar, tem outras prioridades na vida, tem filhos”, explica Bruno.
Nessa corrida contra o tempo, o professor reforça a importância de que o aluno receba uma boa orientação e manter disciplina nessa reta final de estudos. O que vai contribuir para esse resultado positivo é a dedicação e, principalmente, uma orientação sobre o que estudar. É importante ele conhecer as deficiências. Assim, ele vai conseguir uma evolução muito rápida em pouco tempo. E, claro, determinar uma quantidade de horas por dia e cumprir com isso”, afirma o professor.
“Caso o aluno comece do zero, ele realmente precisa trabalhar os fundamentos das áreas do conhecimento, saber identificar, saber relacionar os assuntos que ele vai ver. Não é só aprender, por exemplo, o que é um sinônimo, que já foi questão do Enem na área de Língua Portuguesa. Ele precisa saber como associar esse sinônimo no dia a dia”, pontua. Entre as estratégias Bruno destaca “os resumos que são muito importantes” e “os mapas mentais que ajudam a absorver uma quantidade grande de informações numa imagem”.
Dominar conteúdos básicos é fundamental, garante professor
Dominar os conteúdos básicos contribui bastante para que os alunos acertem as questões mais fáceis. Fator esse que impacta diretamente na nota, conforme relata Bruno. “É importantíssimo que se acerte as questões fáceis e médias. Ele [o aluno] até pode errar as difíceis, porque é uma questão que pouca gente vai acertar. Mas as fáceis e médias o Brasil inteiro tem uma performance interessante em cima disso. Como a prova tem um desvio padrão, quando você acerta uma fácil, tranquilo. Mas quando você erra uma, a sua média cai muito”, frisa.
Para fixar os conteúdos estudados, Bruno frisa que é importante treinar tudo o que se é aprendido por meio da resolução de exercícios — além de outros métodos como videoaulas e podcasts. “É fundamental que eles [os alunos] se deparem com as questões do próprio Enem. E, hoje, o banco de questões do Enem é muito vasto. É importante que ele realize as provas anteriores que ele vá lá no site do Inep e baixe pelo as cinco provas anteriores, para que ele entenda os assuntos, os eixos temáticos da prova e, principalmente os comandos das questões”, relata Bruno.
Bruno lembra que, ao iniciar o mês de agosto, o recomendado é que os estudos sejam intensificados. E, às vésperas da prova, o estudante deve desacelerar, a fim de que ele consiga ir para a prova descansado. “Nesse período de agosto até outubro ele precisa intensificar [os estudos]. Recomendo pelo menos de 3 a 5 horas de estudo, além do curso que essa pessoa vai fazer, se é online, se é presencial. ‘Mas eu não consigo três a cinco horas, consigo uma hora por dia’. É muito importante que essa uma hora que ele tem seja aproveitada de forma muito significativa”, finaliza.
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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