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Dia Mundial de Combate ao Câncer: conheça os avanços no tratamento

Segundo Observatório, hoje a chance de um paciente com câncer desenvolver depressão varia de 22% a 29%, portanto é preciso ficar atento

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Nesta sexta-feira, 4, são criadas ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, que além de conscientizar a população sobre a doença, incentivam a preservação. A médica oncologista Paula Sampaio explica que existe hoje em dia tratamento adequado capaz de dar uma vida normal ao paciente com câncer. “As terapias mais modernas de combate ao câncer, quando não oferecem a cura ou remissão da doença, aumentam a sobrevida a ponto de o câncer virar uma doença crônica, em que o paciente, medicado, leva uma vida normal. Temos experimentado avanços importantes na oncologia nos últimos 5 anos. Tratamentos com melhores resultados e menos efeitos colaterais”, comemora a profissional.

Imunoterapia: eleita pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) como o maior avanço contra o câncer nos 5 últimos anos, a imunoterapia, mais especificamente em sua forma mais recente, a imunomodulação aplicada à oncologia, é um tratamento inovador, que ainda está em desenvolvimento.

A terapia consiste na modulação (ou regulação) do sistema imunológico para potencializar a capacidade do corpo de enfrentar enfermidades. Isso é possível através do uso de substâncias que estimulam as defesas naturais do corpo de uma forma geral e/ou ajudam a identificar as células cancerígenas e a reagir contra elas.

Terapia alvo: baseada em medicamentos desenvolvidos para agir sobre alterações genéticas específicas, a Terapia Alvo-Molecular tem se consolidado como um tratamento que representa um grande avanço em relação à quimioterapia. A partir de testes moleculares realizados no tumor, é possível conhecer em detalhe as alterações bioquímicas, o que permite o uso de drogas com atuação voltada para a mutação identificada.

“É uma mudança de paradigma. Antes se recomendava a mesma quimioterapia para um mesmo tipo de câncer. Hoje, a tendência é uma abordagem individualizada. O resultado disso pode ser visto nos casos em que há mutação genética, pois o uso desses medicamentos dobra a duração da resposta, ou seja, o tempo em que o tumor é controlado”, explica a médica.

Oncogenética: vinte anos atrás, testes de DNA, estudos de genômica e sequenciamento genético faziam parte de um futuro que parecia distante. O mapeamento do Genoma Humano, em 2003, provocou uma revolução do conhecimento biológico e as descobertas decorrentes possibilitaram entender, entre tantas coisas, a origem dos tumores.
Com o diagnóstico genético, o médico pode adotar medidas mais adequadas para o paciente, implementando, quando possível, medidas que previnem o câncer ou que favorecem o diagnóstico mais precoce.

Além disso, a área de testes genéticos têm avançado também em outros aspectos. Há grandes avanços na identificação de novos genes de predisposição e na caracterização de novas síndromes de predisposição ao câncer. Esses indicadores são gerados em pesquisas e organizados em bancos de dados. De forma simplificada, esse conhecimento gera subsídios para desenhar terapias com o intuito de bloquear, por exemplo, os genes ativados no tumor.

Tipos mais comuns de câncer

No Brasil, o tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que deve atingir mais de 177 mil casos até o final de 2022. Com exceção do câncer de pele, que é o de maior incidência no mundo todo, os outros tipos de maior incidência no Brasil, segundo o INCA, são: 

  • Câncer de mama, com 66.280 casos
  • Câncer de próstata, com 65.840 casos por ano
  • Câncer de cólon e reto, com 40.990 casos
  • Câncer de pulmão, com 30.200 casos
  • Câncer de estômago, com 21.000 casos por ano no Brasil

Chance de um paciente com câncer desenvolver depressão varia de 22% a 29%

Durante o ano, principalmente nos meses de outubro e novembro, há um grande destaque para a conscientização e prevenção do câncer de mama e próstata. Mesmo com toda a mobilização em torno do assunto, pouco se fala sobre os cuidados psicológicos para estes pacientes. Dados preliminares levantados pelo Observatório de Oncologia apontam que a chance de um paciente com câncer desenvolver depressão varia entre 22% a 29%. “Fatos chocantes na vida de um indivíduo podem conduzi-lo a um estado depressivo e a notícia de que o paciente tem um câncer é uma delas”, explicou o psicólogo Gilberto Junior.

image Mulhres têm maior incidência (Diego Monteiro)

Mulheres têm incidência maior

O profissional trabalha na Oncológica do Brasil, com três unidades em Ananindeua, sendo referência na região Norte quando o assunto é diagnóstico e tratamento do câncer em todas as suas fases. Segundo ele, é preciso ter atenção em todo o processo, para que o paciente consiga ser tratado da melhor forma.

“Outro detalhe é que muitos fármacos presentes durante todo o tratamento oncológico podem causar depressão. Esses medicamentos são essenciais para os procedimentos, mas devem ser usados corretamente”, completou o psicólogo.

No Pará, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 9.250 foram diagnosticadas com câncer em 2020. Desse total, a maior parte dos pacientes são mulheres, cerca de 5,55% a mais se comparado aos homens.

Ao receber a notícia da doença, a professora Eliana Rodrigues, de 58 anos, contou que “a sensação era que o mundo tinha acabado”. Ainda segundo ela, “o tratamento psicológico tem sido fundamental para passar por esse momento de muita luta e incertezas”, contou.

Câncer em homens

A maior parte do diagnóstico do câncer em homens é o de próstata, como mostra o relatório do Inca. No ano retrasado, foram registrados 930 novos casos no Pará, seguido de câncer no estômago (560); traqueia, brônquio e pulmão (340) e Cólon e Reto (250). O efeito da depressão no homem pode ser pior, pois envolve o medo da morte assim como a preocupação com a sexualidade.  “É preciso um acompanhamento psicológico, em relação à depressão e ansiedade, provenientes da preocupação com a sexualidade, que podem envolver disfunção erétil e a incapacidade de sentir prazer”, ressaltou o psicólogo, Gilberto Junior.

Tratamento do câncer 

Caso o paciente ou um familiar, identifique sinais de depressão, deve procurar ajuda de um especialista, psicólogo ou psiquiatra. São profissionais preparados para diagnosticar o quadro e decidir o tratamento. Os pacientes oncológicos com depressão moderada ou severa precisam de um acompanhamento psicológico e medicação, geralmente este tipo de abordagem é mais eficaz. No caso da depressão leve, o acompanhamento com o profissional pode ser o suficiente para aliviar os sintomas depressivos.

 

 

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