Dançarino paraense representa estado em festival internacional

Anderson Bug representará o Pará no Festival de Dança de Joinville, de 17 a 29 de julho, em Santa Catarina

Fabyo Cruz
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A dança é a atividade mais prazerosa da vida do paraense Anderson Clay de Morais Ferreira, 25 anos, conhecido artisticamente como “Anderson Bug”. Apesar de jovem, o professor do estilo urbano na Escola de Dança Ribalta, no bairro Cidade Nova, em Ananindeua, coleciona premiações e prestígio no cenário da dança paraense. Sua história artística terá novos capítulos no próximo mês, após ter sido aprovado na seletiva do Festival de Dança de Joinville, que será realizado do dia 17 a 29 de julho, em Santa Catarina.        

Entretanto, para conseguir representar o Pará no Sul do país, o dançarino criou uma vaquinha virtual na internet para conseguir arcar com as despesas de viagem, hospedagem e alimentação. Sem apoio do setor público e governamental e da iniciativa privada, Anderson Bug estima que o montante de R$3 mil possa ser o suficiente para financiar sua ida ao município de Joinville. Até o momento, o artista arrecadou R$500, por meio da chave pix: “bug.andersonn@gmail.com”. Os desafios da dança em âmbito regional e a expectativa para a apresentação no espetáculo nacional foram alguns dos temas no bate-papo com o paraense. Confira!       

Há quanto tempo estás inserido no mundo da dança? Como tudo começou?
Há 14 anos iniciei no mundo da dança, através do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), em um grupo de dança de Hip Hop. Após isso, entrei na escola Raimundo Vera Cruz, onde eu e meus amigos criamos o grupo de dança “The Fantastic”. Ali, nós fazíamos apresentações na escola em shows de talentos.

Em 2018, integrei na escola de teatro e dança da UFPA, com o curso técnico intérprete criador, participei do intercâmbio “MPB”, por meio do grupo CDE, no qual passei a fazer parte, e no intercâmbio “Samaúma”, que tem reconhecimento internacional, fazendo ligação entre Brasil e França. Em 2019, participei de um grupo de dança chamado “Acenos”, dentro da escola de teatro e dança da UFPA. No mesmo ano, também fiz parte da escola de dança Mirai, além de fazer dança contemporânea no Sesc Ver-o-Peso. 

Já em 2020, entrei na escola de dança Ribalta, fazendo aulas de ballet, jazz, música contemporânea, onde também ministro aulas de danças urbanas.

O que o Festival de Dança de Joinville pode agregar na sua carreira? Qual é a importância desse evento?
Será um evento muito especial, pois será a primeira vez que sairei do estado para participar deste evento tão esperado por bailarinos do mundo todo. É um evento de porte internacional, onde espero grandes oportunidades de bolsas, cursos, entre outros, para ampliar meus conhecimentos na minha aérea e pesquisa na dança.

Como é o atual cenário da dança urbana em Ananindeua e no Pará como um todo?  Há incentivos? 
Em Ananindeua é um pouco precária as vivências na área das danças urbanas. As escolas não possuem aulas desta modalidade, porém, tem algumas usinas que oferecem através de projetos gratuitos para adolescentes e jovens da comunidade. No Pará, existe uma diversidade de bailarinos talentosos que estão inseridos no movimento da arte das danças urbanas, mas as oportunidades são poucas.

O que você acha que falta para os novos dançarinos paraenses? 
Falta oportunidade! Infelizmente, só conseguimos essas oportunidade saíndo do Pará

Você tem recebido apoio de amigos e familiares?
Sim! Ambos têm me apoiado bastante, principalmente a minha família. Atualmente, mora com meu pai e minha mãe, eles sempre estão me incentivando a lutar pelos meus sonhos.

Como é representar o Pará em um evento internacional?
É algo muito significativo para mim. Neste evento vou poder levar um pouco da nossa cultura para fora e também trazer bastante experiência para cá. A minha participação no festival poderá inspirar outros dançarinos daqui a também quererem alcançar novos horizontes.   

E as preparações para o festival? Há quanto tempo você está ensaiando?
Estou ensaiando há mais de um mês, praticamente todos os dias na Ribalta. Em meio aos ensaios, continuo participando de apresentações locais. A ansiedade é grande, mas o evento está cada vez mais perto.

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