PC prende duas pessoas em flagrante por lesão corporal e injúria racial durante RexPa
Além disso, a Polícia Civil lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra torcedores vinculados à torcidas organizadas

Duas pessoas foram presas em flagrante por lesão corporal e injúria racial no domingo (11/5), durante a partida entre Remo e Paysandu no Mangueirão, pelo Campeonato Paraense de 2025. Além disso, a Polícia Civil lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra torcedores vinculados à torcidas organizadas.
A primeira prisão foi de uma mulher, que foi autuada pelos crimes de lesão corporal e tumulto esportivo. Segundo as autoridades, a suspeita tentou forçar o acesso ao estádio sem portar o ingresso do filho menor dela, e, diante da negativa dos agentes de segurança, agrediu um deles com um soco no nariz, causando lesão corporal.
Já a segunda prisão foi de um homem por injúria racial, que discutiu e xingou uma funcionária de um dos bares do estádio. A vítima e o suspeito foram conduzidos até a autoridade policial de plantão para os procedimentos legais cabíveis, bem como suas testemunhas.
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O delegado Marcos André Araújo, titular da Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE), deu detalhes das outras ocorrências. "Inicialmente, nossa equipe foi acionada por uma guarnição da Rotam que conduziu dez integrantes da torcida do time do Paysandu. Os torcedores, em tese, teriam descumprido a rota previamente acordada com o sistema de segurança e se envolvido em confrontos com diversos membros da torcida do Clube do Remo, na avenida Augusto Montenegro. A equipe da Polícia Civil realizou o procedimento de autuação destes torcedores", destacou.
Em decorrência dos fatos, foi lavrado um TCO contra os dez torcedores em questão, com base na Lei Geral do Esporte, em vista do Artigo 201, §1º, inciso III, da Lei nº 14.597/2023, que prevê como ação criminosa a participação em confrontos de torcidas organizadas.
Entre os investigados, dois indivíduos foram apresentados por portar bombas caseiras e, por esta razão, também foram lavrados dois TCOs, um para cada envolvido, em consideração ao Artigo 201, § 1º, inc. II, da Lei Geral do Esporte, que prevê como crime o porte de materiais que podem ser utilizados para a prática de atos de violência em eventos esportivos.
Os materiais foram apreendidos e encaminhados à perícia técnica no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, a fim de verificar a potencialidade lesiva e a eventual configuração como artefato explosivo. Todos os suspeitos foram conduzidos ao Juizado Especial do Torcedor (JECRIM), instalado no estádio, para os procedimentos judiciais cabíveis.
Ainda na ocasião, foram registrados mais cinco Boletins de Ocorrência Policial (BOP) por diferentes situações na unidade policial que atua na área. Em pouco mais de 1 ano e 3 meses da inauguração da DPTGE, este foi o primeiro caso de racismo registrado pela unidade.
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