Vaquinha solidária ajuda a pagar por pulmão artificial para paraense com pneumonia grave

Gabriella Souza tem 13 anos e está internada em um hospital de São Paulo, onde o custo do aparelho é R$ 100 mil a diária

Camila Guimarães
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A família de Gabriella Souza, de 13 anos de idade, lançou uma vaquinha solidária para pagar pelo uso de um pulmão artificial que custa R$ 100 mil, a diária. A meta, com a vaquinha, é arrecadar R$ 2 milhões. Atualmente, Gabriella está internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, vítima de um colapso pulmonar. O estado de saúde da adolescente, que começou com uma febre baixa, se agravou em menos de 15 dias a partir de uma pneumonia cuja, bactéria causadora, ainda não foi identificada. As doações podem ser feitas para a chave de Pix accsfisiopelvica@gmail.com.

A mãe de Gabriella, Andreza Campos Coelho de Souza, conta que a filha sempre foi uma criança saudável que se alimentava bem, praticava esportes e não costumava adoecer até que, no dia 5 de novembro, começou a apresentar febre baixa. O sintoma persistiu por mais de três dias, momento em que a família começou a investigar. "Fomos à urgência. Fizemos alguns exames no decorrer da semana, fomos ao cardiologista e descobrimos um batimento um pouco acelerado, mas, infelizmente, já era o início de um problema muito grave".

Andreza Souza detalha que a filha chegou a ser internada em mais de um hospital em Belém, mas, aos poucos, foi perdendo capacidade pulmonar e agravando o quadro de insuficiência respiratória. Mesmo com a realização de vários exames, os médicos não conseguiam chegar a um diagnóstico. Foi quando, a necessidade de levar Gabriella para outro estado, surgiu: "Tomamos a decisão de transferir a Gabriela para um local que tivesse cuidados de UTI mais intensivos e aí viemos a São Paulo. Estamos no Hospital Albert Einstein. Tivemos a ajuda de grandes amigos para chegar até aqui", declara a mãe

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No novo hospital, Gabriella recebeu o diagnóstico de pneumonia, apresentando um quadro de sepse pulmonar - quando o corpo reage a uma infecção de forma desregulada, danificando os próprios tecidos e órgãos. Apesar da descoberta, a bactéria causadora do quadro não foi identificada até hoje. Mesmo recebendo os cuidados necessários, Gabriella continuou agravando até que seus pulmões chegaram ao colapso e ela precisou de um pulmão artificial para continuar respirando.

Gabriella precisou de Oxigenação por Membrana Extracorpórea, chamada ECMO - técnica médica que oferece suporte temporário para o coração e pulmões de pacientes com falência grave destes órgãos. O uso do aparelho tem um custo diário de R$ 100 mil. Mesmo sem ter os recursos necessários para custear o aparelho, Andreza tomou a decisão para manter a vida da sua filha:

"Sem esse aparelho a Gabriella viria a óbito. Como pais, foi muito difícil, porque sabíamos que não tínhamos condições de pagar. Foi aí que nossa filha mais velha teve ideia da vaquinha solidária e estamos negociando, junto ao hospital, como vamos conseguir fazer esse processo de pagamento", detalha Andreza.

Gabriella está há três dias fazendo uso do equipamento que realiza as funções que seriam dos seus pulmões - coletando sangue venoso e devolvendo sangue arterial para o corpo da adolescente. A família não tem certeza de por quanto tempo ainda vão precisar mantê-la com o aparelho, mas estimam que, pelo menos, de 15 a 20 dias, até que os pulmões de Gabriella se restabeleçam.

"Esses dias de uso já trouxe conforto pulmonar para ela. A máquina deixa o pulmão dela descansar. A Gabriella segue em coma induzido. Ela também precisou fazer diálise e faz uso do ventilador mecânico", acrescenta a mãe da menina.

A meta da família de Gabriella é arrecadar R$ 2 milhões para custear o uso do aparelho pela adolescente. Eles garantem que qualquer quantia é bem-vinda e pode ser transferida via PIX através da chave: accsfisiopelvica@gmail.com.

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