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Férias chegando e a situação das estradas preocupa motoristas no Pará

Muitos pretendem pegar a estrada para aproveitar o verão nas praias da ilha do Mosqueiro, Salinas, Marudá, Algodoal e outros balneários do Pará

Patrícia Baía
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Com a aproximação do primeiro final de semana das férias escolares de julho, começam os planos de viagem dos paraenses. Muitos pretendem pegar a estrada para aproveitar o verão nas praias da ilha do Mosqueiro, Salinas, Marudá, Algodoal e outros balneários do Pará. Porém, muitos motoristas estão preocupados com a situação das condições das rodovias estaduais e federais.

As fortes chuvas que caíram no estado durante o inverno amazônico, principalmente no mês de maio, fizeram com que muitas estradas estaduais e federais ficassem intrafegáveis. Na BR-316, entre os municípios de Capanema e Santa Luzia, no nordeste do estado, as chuvas derrubaram a cabeceira da ponte do rio Caeté, no quilômetro 164, e também foi aberta uma cratera no quilômetro 169. A estrada ficou cerca de 15 dias em obras, o que causou grandes transtornos para motoristas e principalmente para as comunidades ao longo da rodovia.

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image Com as chuvas que caíram na região no mês de maio, uma cratera abriu no quilômetro 169 causando muitos problemas para motoristas  (Márcio Nagano/O Liberal)

Situação parecida aconteceu no quilômetro 7 da PA -324. No local, a estrutura da ponte do rio Taciateua sofreu danos em sua cabeceira com as fortes chuvas que fizeram subir o nível do rio. O trecho continua interditado para o tráfego de veículos pesados, como ônibus e caminhões. A Secretaria de Estado de Transporte - Setrans, ainda realiza obras na rodovia.

A PA -324 é uma das rotas principais para quem vai para Salinópolis. Por isso é a grande preocupação do comerciante José Rodrigues que já está com tudo programado para passar o primeiro final de semana na praia do Atalaia. Ele está organizando um piquenique com a família e os amigos e, para isso, já alugou um ônibus.

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image Muitos motoristas ficaram preocupados com as condições das rodovias estaduais e federais no Pará (Márcio Nagano/O Liberal)

“No mês passado fomos de ônibus e o pessoal da obra pediu para que a gente descesse e fosse a pé até o outro lado da ponte e o motorista do ônibus seguiu sozinho. Fiquei sabendo que continua essa mesma situação. Isso é muito constrangedor porque dessa vez irei levar meus pais que são idosos”, explicou o comerciante.

Os ônibus de linha estão utilizando uma rota alternativa por dentro do município de Igarapé-Açú.

Setrans

Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) informa que continua com obras na ponte da PA-324, sobre o rio Taciateua, com expectativa de conclusão no início do segundo semestre, além da construção de uma ponte na PA-124, área urbana de Garrafão do Norte. As duas rodovias também passam por obras de conservação e manutenção.

De Mosqueiro a Castanhal

Outra situação que vem causando preocupação para quem vai pegar a estrada é a rodovia BR-316, do quilômetro 23 que começa na entrada da estrada que leva à Ilha do Mosqueiro até Castanhal, no quilômetro 56. O trecho está sendo considerado por motoristas de carros particulares, de vans e micro-ônibus um dos mais perigosos para se trafegar.

Para o presidente do Sindicato dos Proprietários de Vans e Micro-ônibus Autorizados no Transporte Alternativo do Estado do Pará (Sinprovan), Mário Arouk, é um trecho crítico para o transporte em geral por causa da grande quantidade de buracos.

“Esse problema é grave e está colocando em risco todo o serviço de transporte, os usuários, ciclistas e pedestres. E já vem de muito tempo, apesar de ter sido feito uma reforma há uns três anos, mas não durou quase nada. Então esse trecho é muito problemático para nós do transporte alternativo porque a situação da BR causa prejuízo para nossos veículos que acabam tendo peças quebradas. E o pior de tudo são os acidentes que acontecem devido o motorista ter que desviar de um buraco e acabar batendo em outro carro. Por isso, a gente pede a reparação urgente por parte do DNIT (Departamento Nacional de Trânsito)”, contou Mário Arouk.

A cabelereira Mara Sousa vai duas vezes por semana de Castanhal para Belém para participar de cursos e diz que quando passa de Santa Isabel precisa redobrar os cuidados. “É um momento que fico mais tensa porque é tanta buraqueira que tenho que ir bem devagar e tomando muito cuidado na hora de desviar deles. Mas o pior é quando volto já a noite porque o tráfego está mais intenso”, disse.

De acordo com informações de empresários do trade turístico paraense, o setor enviaram ao DNIT, no final de maio, um documento solicitando os reparos nos trechos críticos das rodovias federais antes de julho.

A reportagem solicitou nota ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre as obras de reparo no trecho da BR-316 que vai da entrada de Mosqueiro até Castanhal. Até o fechamento desta edição, não houve retorno.

Assaltos nas estradas 

Outro problema grave nesse mesmo trecho do quilômetro 23 ao 56 da BR-316, são os constantes assaltos a vans e micro-ônibus. De acordo com Mário Arouk, os pontos mais críticos são de Santa Isabel, começando em Americano, até a entrada de Mosqueiro, onde ocorrem de 2 a 3 assaltos por mês.

“E isso ocorre nos dois sentidos da rodovia. Os assaltantes que se disfarçam de passageiros, anunciam o assalto em certo momento da viagem quando se aproxima de Santa Isabel e descem nas proximidades de uma empresa de frango, onde existem algumas vielas bem escuras e soturnas e isso acontece por volta da 18h e também à noite. Tem também a curva do Cupuaçú, no quilômetro 30, onde os assaltantes até mandam o motorista entrar e roubam os passageiros por lá”, contou o presidente da Sinprovan.

Sobre a fiscalização no local, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou que no planejamento de trabalho das equipes é levado em consideração os índices de acidentes registrados e a mancha criminal, mas que desconhece que exista incidência elevada desse tipo de ocorrência.

Sobre o policiamento no mesmo trecho, onde os motoristas de vans e micro ônibus denunciam casos de assalto, a reportagem não teve resposta da Polícia Militar.

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