Barco Bom Jesus: bilhete dentro de garrafa ajuda a localizar náufragos no Pará
Os tripulantes - cinco homens e uma mulher - resgatados pela Marinha do Brasil, na última quarta-feira (13), da Ilha das Flechas, a cerca de 150 km de Belém

Graças a um bilhete colocado dentro de uma garrafa que foi lançada nas águas em uma boia, os seis náufragos da embarcação “Bom Jesus” foram resgatados pela Marinha do Brasil, na última quarta-feira (13), da Ilha das Flechas, localizada a cerca de 150 km de Belém, no Pará, na entrada do Canal do Sul, passagem marítima no arquipélago de Marajó. Os tripulantes - cinco homens e uma mulher - foram dados como desaparecidos pelos familiares após viagem realizada de Santarém para o município de Chaves, no Pará, e ficarem mais de 10 dias sem contato com as famílias.
“Socorro, socorro! Precisamos de ajuda, nosso barco pegou fogo, estamos há 13 dias na Ilha das Flexas (sic) sem comida. Avise nossas famílias”, diz o bilhete.
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"O final feliz do #resgate dos sobreviventes teve início de forma inusitada. Foi um bilhete, encontrado por pescadores em uma boia, que permitiu a Marinha, em conjunto com órgãos estaduais, montar uma operação de busca e salvamento", disse a Marinha do Brasil.
A embarcação saiu de Santarém, oeste paraense, no dia 24 de março, com destino ao município de Chaves, na ilha do Marajó, onde chegou na data de 27 de março. Depois, saiu novamente e naufragou, após enfrentar um temporal, seguido de incêndio. Após 17 dias, os tripulantes foram localizados depois de escrever o bilhete e o jogarem ao rio dentro de uma garrafa pet que estava amarrada em uma boia salva-vida com o nome da embarcação.
“Nós estávamos nessa operação de busca e salvamento desde o dia 12 de abril. E, no dia 13 de abril, uma pessoa entrou em contato com a Marinha, dizendo que um parente da região de Chaves havia encontrado uma boia salva-vida com o nome da embarcação e amarrado tinha uma garrafa pet com um bilhete, dizendo que eles estavam numa ilha após terem sofrido um naufrágio”, detalhou o capitão fragata Ondiara Barbosa, chefe de operações do Comando do 4º Distrito Naval, durante coletiva nesta quinta-feira (14).
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