Após um mês do incêndio, Mercadão das Peças passará por nova vistoria nesta terça
Bombeiros, Defesa Civil Municipal e Seurb verificarão se moradores de casas no entorno do prédio poderão ou não retornar aos imóveis

Bombeiros e técnicos da Defesa Civil do Município de Belém e da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) farão uma terceira vistoria nas instalações do Mercadão das Peças, na avenida Senador Lemos, no bairro da Sacramenta, na manhã desta terça-feira (15), a partir das 9h. O prédio dessa loja de autopeças sofreu um incêndio de grandes proporções no dia 9 de janeiro, ou seja, há mais de um mês. Para se ter uma ideia da envergadura da ocorrência, foram necessárias 18 horas de trabalho no local para se apagar por completo o fogo.
A vistoria nesta terça poderá resultar na liberação de sete casas de moradores da Vila São José, na rua Frederico Scheneippe, próximo a um muro do estabelecimento comercial. Esse muro, dado o calor do material em combustão no incêndio, poderia desabar sobre os imóveis, atingindo pessoas e bens materiais das famílias de moradores.
Por essa razão, as sete casas foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros, e os moradores orientados pela Defesa Civil de Belém a saírem das residências. Não houve vítimas no incêndio.
Na vistoria desta terça, serão analisados aspectos de segurança relacionados ao muro da loja perto das casas. Serão também observadas outras providências a cargo dos responsáveis pelo prédio que sofreu o incêndio. Se tudo estiver a contento, as casas perto da loja poderão ser liberadas, e os moradores retornarem a suas residências.
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Ainda nesta segunda-feira (14), o Corpo de Bombeiros Militar do Pará e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informaram que o resultado de laudos de perícias de incêndio é de responsabilidade dos solicitantes.
Incêndio
No dia 9 de janeiro, um domingo, por volta das 21 horas, o prédio do Mercadão das Peças na avenida Senador Lemos começou a pegar fogo. As labaredas na edificação foram avistadas a distância, por moradores bem distantes do local do sinistro. De imediato, guarnições do Corpo de Bombeiros Militar do Pará foram acionadas e compareceram à área em questão. Foram dez veículos dos Bombeiros, mobilizando 40 homens. A Polícia Militar do Pará também esteve na ocorrência.
O prédio da loja abrigava material combustível, e na segunda-feira (10) havia risco de explosões no imóvel. "A loja ainda tem material volátil no interior que pode causar explosão. Não sabemos ainda de qual tipo de material, mas como é um local que vende material de construção e material para carro, então tem muito material combustível", detalhou a tenente-coronel Alessandra Pinheiro, à frente da força-tarefa no local. À noite de domingo (9), por causa do material no interior da loja, foram ouvidas explosões, e o fornecimento de energia para o perímetro do incêndio teve de ser interrompido para a atuação dos bombeiros e técnicos de Segurança Pública.
O trabalho dos bombeiros e técnicos foi acompanhado por populares, tensos com a propagação do fogo na estrutura do prédio e o risco de algum desabamento de parte do imóvel. Os proprietários da loja, na ocasião, não quiseram falar com a Imprensa.
Moradores da Vila São José relataram no dia após o incêndio a preocupação deles com rachaduras em casas por causa do calor do sinistro. Outro aspecto foi a fumaça tóxica proveniente da combustão no prédio provocando ardência nos olhos e falta de ar nas pessoas. Houve tentativa de saque na vila na noite do incêndio da loja.
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