Teste do pezinho: Pará terá reforço de R$ 52 mil mensais para ampliar cobertura de exame
Governo Federal anuncia investimento extra de R$ 30 milhões para fortalecer triagem neonatal em todo o país

O estado do Pará vai passar a receber um incentivo financeiro mensal de R$ 52 mil para custeio dos serviços do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), responsável pelo teste do pezinho. O anúncio foi feito na última quinta-feira (26) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como parte de um pacote de medidas voltadas ao fortalecimento da triagem neonatal no país.
O valor destinado ao Pará é 30% superior ao repasse previsto para as demais regiões, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que receberão R$ 40 mil mensais. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), o incremento representa um avanço importante para garantir maior capilaridade e eficiência nos exames realizados em recém-nascidos para detecção precoce de doenças raras.
“A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informa que, o Ministério da Saúde passa agora a repassar um incentivo adicional de 52 mil mensais para custeio dos serviços, fortalecendo a estrutura de atendimento do programa na região”, confirmou a Sespa.
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No total, o Governo Federal ampliou o orçamento do programa de R$ 100 milhões para R$ 130 milhões por ano. Desse montante adicional, R$ 15 milhões serão destinados diretamente aos estados, para qualificar os serviços locais e permitir a construção de laboratórios de referência em cada região do país. Os outros R$ 15 milhões serão utilizados para formalizar um contrato com os Correios, que ficarão responsáveis pelo transporte das amostras coletadas nas unidades de saúde até os laboratórios de análise.
Com essa nova logística, o Ministério da Saúde estima reduzir o tempo médio para entrega dos diagnósticos de até dez para até cinco dias. “A criação dos centros regionais e a parceria com os Correios vão garantir mais rapidez, qualidade e escala nos exames, especialmente nos estados com menor população e dificuldades logísticas, como é o caso de várias localidades da Amazônia”, afirmou Padilha durante o evento “Saúde na Rota Certa pela Prevenção”, realizado no Instituto Jô Clemente, em São Paulo.
O teste do pezinho é um exame obrigatório realizado preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, a partir da coleta de gotas de sangue do calcanhar. O exame é essencial para o diagnóstico precoce de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, mesmo antes do aparecimento de sintomas.
Atualmente, o exame é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), maternidades, casas de parto e também em comunidades indígenas e quilombolas. Além da coleta, o programa também garante o acompanhamento integral de bebês diagnosticados, com suporte de equipes multiprofissionais.
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