Irã realiza funerais das 89 vítimas do ataque reivindicado pelo Estado Islâmico
Explosões ocorreram perto da mesquita onde está o túmulo do general Qassem Soleimani, responsável pelas operações militares iranianas no Oriente Médio

O Irã realizou, nesta sexta-feira (5), a cerimônia fúnebre coletiva das 89 vítimas do ataque explosivo de quarta-feira (3), perto da mesquita Saheb al Zaman, em Kerman, onde está o túmulo do general Qassem Soleimani, que era responsável pelas operações militares iranianas no Oriente Médio e foi morto em uma operação dos Estados Unidos.
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Logo após o atentado - reivindicado pelo Estado Islâmico - o governo iraniano apontou que as explosões deixaram mais de 100 vítimas. Porém, no dia seguinte, o número foi revisado para 84 e, depois, subiu para 89, com a morte de outras cinco pessoas que estavam feridas.
O ataque ocorreu durante uma homenagem a Soleimani, pelo aniversário de quatro anos de sua morte. Na ocasião, uma multidão se reunia perto do túmulo do general.
O funeral desta sexta-feira começou por volta do meio-dia no pátio da mesquita Emam Ali. Imagens transmitidas pela televisão estatal iraniana mostram os caixões envoltos em bandeiras do país. Participaram da cerimônia o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e o general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, um braço das Forças Armadas da República Islâmica.
"Saibam que a iniciativa é nossa. O local e a hora (para responder ao ataque de Kerman) serão determinados pelas nossas forças", declarou Raisi, durante discurso, afirmando que o EI foi "treinado" por Israel, o grande inimigo do Irã.
Segundo o ministro iraniano do Interior, Ahmad Vahidi, os serviços de Inteligência do país detiveram "certos indivíduos envolvidos" no ataque.
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