Catalá cita processo de contratações no Remo e nega conversa com jogadores: 'Não é o meu papel'

Técnico Ricardo Catalá, de volta ao Remo, cita Thiaguinho e aborda questões relacionadas ao processo de montagem do elenco azulino para 2024

Pedro Cruz e Caio Maia
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De volta ao Remo, o técnico Ricardo Catalá foi reapresentado à imprensa nesta quinta-feira (16), no Baenão. Na entrevista coletiva o treinador respondeu várias perguntas relacionadas a contratações, montagem do elenco para 2024, gestão do futebol azulino e, até mesmo, o respeito às decisões da direção quanto ao acerto com jogadores não indicados por ele. 

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Logo de cara, Ricardo Catalá afirmou que avalia jogadores, mas a decisão final pela contratação ou não é da diretoria - e ele permanecerá obedecendo a essa hierarquia. A questão foi levantada usando como exemplo a chegada, na reta final da Série C 2023, do atacante Thiaguinho, que sequer acabou sendo relacionado para os jogos. A contratação foi feita por dirigentes, sem passar por ele.

"O clube não é do treinador e sempre me posicionei assim. A decisão final não deve ser minha, mas sim de um departamento de inteligência de mercado. Às vezes existem contratações institucionais, mas que dão certo. No futebol é muito difícil de falar antes. Não vejo a contratação do Thiaguinho um problema, porque sou um cara imparcial. Vai jogar comigo quem durante a semana conquistar merecimento", afirmou.

O planejamento do Leão para 2024 iniciou na última segunda-feira (13), dia seguinte às eleições do clube. Por conta do "atraso" causado pelo processo eleitoral que Catalá, em sua chegada a Belém, salientou ser necessário acelerar o processo de contratações, já que outras equipes que irão disputar a Série C no ano que vem saíram na frente na formação do plantel.

Mesmo com a necessidade de uma "força-tarefa" para fechar com reforços, Catalá explicou porque não fez contatos com jogadores enquanto estava de férias, aguardando o fim das eleições para saber se teria o contrato renovado com o Remo.

"Não conversei com nenhum atleta porque não é esse o meu papel. A direção está aí para isso. Meu papel é dentro de campo, com o atleta vestindo a camisa do Remo. Quando tenho uma conversa prévia com o atleta, ele pode entender que terá facilidade e isso jamais vai ocorrer comigo. Não falarei de nome algum porque isso será discutido internamente", frisou.

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Agora, enquanto a nova diretoria azulina corre no mercado para realizar acordos, Catalá adiantou que a ideia é ter um plantel equilibrado, com possibilidade de disputa real em todas as posições - ou seja, sem titulares absolutos.

"A prioridade, pensando em calendário longo, é rodar. Por isso queremos dois titulares por posição, para estarmos seguros e protegidos quanto a desfalques. Quando temos dois bons jogadores por posição conseguimos adaptar a equipe. Quanto ao parecer do DM, a lesão é inerente ao esporte, mas as que nós pudermos controlar, nós faremos", argumentou o técnico.

Ricardo Catalá chegou ao Remo no dia 25 de maio, para substituir Marcelo Cabo quando a equipe fazia campanha desastrosa na Série C e estava na zona de rebaixamento. A campanha de recuperação foi bem-sucedida, já que evitou a queda para a quarta divisão, mas não foi suficiente para avançar ao quadrangular da Série C e brigar pelo acesso. 

Ao término do Brasileiro, o treinador retornou para casa enquanto o Remo se desfez do elenco, já que não possuía mais competições para o último trimestre do ano. O técnico precisou aguardar, então, as eleições do clube, para saber se teria o contrato renovado para 2024. A chapa vencedora, da situação, confirmou a volta de Catalá logo após a vitória nas urnas. 

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