Final da Supercopa Grão-Pará tem 'encontro de gerações' entre treinadores; vídeo Ignácio Neto disputa a primeira partida por um time profissional da elite do futebol paraense, enquanto Márcio Fernandes acumula finais e uma longa carreira como treinador Aila Beatriz Inete 12.01.25 7h00 Ignácio Neto e Márcio Fernandes, técnicos da final da Supercopa Grão-Pará (Carmem Helena/ O Liberal | Arquivo de O Liberal) Paysandu e Tuna Luso abrem a temporada do calendário de futebol paraense neste domingo (12), com a final da Supercopa Grão-Pará, no Mangueirão. Para os torcedores, o momento será de reencontro com o time. Para Márcio Fernandes, mais uma decisão na carreira, enquanto para o cruzmaltino Ignácio Neto, será a primeira partida no comando da Águia do Souza e em uma decisão de competição. ASSISTA Em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal, os treinadores falaram sobre as expectativas para a grande decisão e sobre as diferenças entre as gerações. Enquanto Márcio Fernandes acumula experiência ao longo dos anos, Ignácio Neto chega com juventude e inovação na área. VEJA MAIS Paysandu: Técnico confirma dificuldade financeira do clube para contratar e cita mercado estrangeiro Márcio Fernandes falou das dificuldades em contratar jogadores para a montagem do elenco do Paysandu Paysandu confirma alteração de horário na partida contra o Capitão Poço, pela 1ª rodada do Parazão Data e local da partida seguem inalterados. Alterações ainda não foram oficializadas pela Federação Paraense de Futebol (FPF). Marlon cita preparação da Tuna e foco na decisão da Supercopa Grão-Pará contra o Paysandu Jogador de 39 anos está na sua terceira passagem seguida com a camisa da Lusa Juventude à beira do campo (Carmem Helena / O Liberal) "Eu encaro como uma oportunidade ímpar na minha vida", ressaltou o treinador cruzmaltino. "Mas eu mantenho o mesmo foco do meu trabalho diário. Eu procuro evitar imaginar o futuro sem fazer o presente. Não adianta eu pensar no que vai acontecer se não estiver me preparando agora. O que posso dizer é que a gente trabalhou muito com respeito, foco e intensidade para que, acima de tudo, sejamos facilitadores para os atletas da Tuna, e é isso que venho fazendo", completou Formado em Geologia e Educação Física, Ignácio tem 38 anos e está, pela primeira vez, no comando de uma equipe profissional da elite do futebol paraense. O treinador se destacou pelo trabalho no futsal, sendo campeão mundial com a equipe do Santa Rosa nas categorias de base, e no Pedreira, time da Terceira Divisão do Parazão. À frente da equipe sub-20 da Tuna, Ignácio foi Campeão Paraense com 100% de aproveitamento, Campeão da Copa Pará Sub-20 e Campeão da Supercopa Pará Sub-20, também com 100% de aproveitamento. Com a base no futsal, o técnico tunante leva algumas características do estilo de jogo nas quadras para o campo. O professor ressaltou que gosta de trabalhar com superioridade numérica para defender e atacar, e de propor o jogo. Aliado a ciência esportiva, Ignácio contou que gosta de analisar cenários para treinar previamente com os jogadores, além da atenção aos detalhes, uma das características da profissão atualmente. Experiência vitoriosa (Jorge Luís Totti/Paysandu) Do outro lado, Márcio Fernandes é um dos técnicos mais experientes do Brasil. Aos 62 anos, o comandante bicolor já disputou várias finais, é campeão da Série C do Brasileirão e está na segunda passagem pelo Paysandu. Segundo o treinador, a experiência pode ser um fator decisivo em uma partida, mas pontuou que esta final é um pouco atípica devido ao curto tempo de preparação. "Acho que a experiência pode ajudar, sim, pois já passamos por algumas finais na carreira. Mas, neste caso, é uma final sem tempo de treino, com jogadores ainda fora de ritmo e com uma equipe em período de pré-temporada e também em formação", apontou. Admiração Para Ignácio Neto, a Supercopa Grão-Pará será um momento muito especial na carreira pela oportunidade de disputar a decisão contra Márcio Fernandes. O técnico cruzmaltino destacou que tem muito respeito pelo adversário e que deve tirar lições valiosas do jogo. "Tenho o máximo respeito, não só pelo profissional, mas pela pessoa do Márcio Fernandes. Ele acabou de tirar o Paysandu de uma situação muito complicada. É um cara com muita experiência, não só aqui no Pará, mas no Brasil, e eu considero isso algo muito importante para a minha carreira, porque vou ter a oportunidade de enfrentá-lo e aprender como reagir [ao estilo dele]", afirmou o técnico, que completou: "Não importa se o treinador é mais experiente ou menos experiente. Eu acho que o respeito tem que ser igual para todos, porque o futebol é algo muito complexo. Você sempre tem o que ensinar e sempre tem o que aprender". Com anos de carreira, o treinador bicolor acredita que se manter atualizado às novas formas de trabalho é muito importante, afinal, o futebol está em constante evolução, principalmente com o avanço da tecnologia. Sendo assim, para Márcio, o técnico experiente e o "novato" podem estar em igualdade. "Eu sou um treinador que está sempre me atualizando e toda ferramenta é sempre bem-vinda. Felizmente, as pessoas que comandam o clube também têm esse pensamento, e por isso o Paysandu tem investido cada vez mais em tecnologia e estrutura. O futebol é um esporte que permite que um treinador experiente e um técnico mais jovem possam ter sucesso e ser vitoriosos. E o comandante do nosso adversário merece total respeito", afirmou. Confronto de gerações Neste domingo (12), além dos olhos voltados para dentro das quatro linhas, as atenções também estarão voltadas para os bancos de reservas, analisando as posturas dos treinadores, que pela primeira vez se enfrentam. Márcio Fernandes continua ajustando o time da forma que gostaria, e acredita que a Tuna está em vantagem pelo tempo de preparação. "O futebol de hoje mudou muito, e quem não tiver força e velocidade terá muita dificuldade para jogar. Acho que o momento da Tuna é melhor, pois mantiveram uma equipe e começaram a treinar bem antes da gente, mas nós vamos apresentar uma equipe forte no domingo", disse o técnico. Ignácio está confiante na preparação e no trabalho desenvolvido com a equipe da Tuna, no entanto, mantém os pés no chão, tendo em vista que o adversário é difícil, com peso e força. "A gente vai pegar a última equipe campeã invicta do campeonato paraense, uma das maiores forças do nosso futebol, uma torcida de massa. Eu sou obcecado pelo trabalho. Eu acredito que, quando você utiliza uma base científica para planejar seu trabalho, não procuro me entusiasmar com o que o torcedor vai achar, porque o futebol às vezes pode ser uma ilusão. Quando ganha, acha que está tudo certo, mas muitas vezes não é. Quem dera se futebol e futsal fossem ciências exatas", disse o treinador, que ainda destacou que para a Tuna, a final da Supercopa é apenas uma fase do que o clube almeja alcançar nesta temporada. "A nossa meta principal é colocar Tuna na Série C do Campeonato Brasileiro. O jogo é uma final importante, vale título, mas é apenas uma etapa desse processo que tem o algo maior na frente. A gente precisa levar isso com seriedade, o torcedor cruzmaltino, assim como o torcedor do Paysandu precisa entender que quem ganhar ou perder não quer dizer que tá tudo certo também não, quer dizer que está tudo errado e a gente tem que continuar nesse processo para fazer o melhor pelos nossos clubes", finalizou. A partida entre o Paysandu e a Tuna Luso ocorre neste domingo (12), às 17h, no estádio Mangueirão. O jogo terá cobertura completa e transmissão Lance a Lance no site de O Liberal. 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