Rose Maiorana entrevista Rai Mesquita em mais um episódio do videocast 'LibArt'
Na Marinha eu desenvolvi as influências, viajei para a Europa, e pensava: 'eu preciso colocar em prática na minha arte", relembrou Rai
A empresária e artista plástica Rose Maiorana, entrevistou o multiartista Rai Mesquita, no episódio mais recente do videocast “Lib Art”, gravado nos estúdios da Redação Integrada de O Liberal. O episódio está disponível desde o sábado (10), no LibPlay. O bate-papo descontraído passou pelas vertentes artísticas, influências e planos.
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Rose apresentou o artista e perguntou sobre suas influências. Rai revelou que é autodidata nas artes e começou com o artesanato. Durante a juventude teve um período de rebeldia, que quase o afastou das artes, mas o artista plástico contou que seu fazer artístico foi fortalecido com o tempo. "Eu sou autodidata, acompanhava a minha mãe que também é artista. Com 16 anos eu comecei a fazer algumas loucuras e a minha família me mandou pra Marinha. Em 1990 eu saí da Marinha, o primeiro passo que eu dei foi me matricular na escola, fiz teatro. Comecei a fazer peças, trabalhando em carnaval, fiz uma carreira meteórica no Rio de Janeiro", disse.
"Foi um presente ter fugido ao Rio de Janeiro. Eu abracei o Rio como uma fuga, porque a minha família não me controlaria. Na Marinha eu desenvolvi as influências, viajei para a Europa, e pensava: 'eu preciso colocar em prática na minha arte", relembrou.
Rai morou algumas décadas no Rio de Janeiro e em 2018 precisou retornar para Belém para cuidar da mãe. No entanto, recordou que voltar à capital paraense ampliou suas perspectivas de trabalho. "Eu vim para Belém para cuidar da minha mãe, no começo achei que não prosseguiria com a minha carreira. Mas montei uma barraca na Praça da República, uns amigos me incentivaram a voltar. Recentemente eu estou no elenco de um filme sobre a Cabanagem... Eu sou um artista multimídia, já passei pelo artesanato, carnaval, teatro, e como eu pintava pensei em uma exposição", recordou.
Um dia saindo da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, o artesão entrou em uma exposição, onde acontecia uma vernissage, em uma livraria. Inspirado nesse dia, no ambiente, voltou pra casa e começou a pintar o que viraria o "Círculo colorido da vida". "Quando eu saí da praia, entrei em uma vernissage e as pessoas achavam que eu era artista, por estar lá. Quando eu sai, pensei 'é isso que quero fazer'. Meu primeiro trabalho foi o 'Círculo colorido da vida', inspirado no teatro. Fiz o lançamento no dia do meu aniversário. Eu fui no lugar que é o bar do Ziraldo, joguei com a minha humildade, perguntei enquanto eras para fazer uma exposição e não era barato - eu já tinha alguns apoiadores - e escolhemos a data", concluiu.
A entrevista completa conduzida por Rose Maiorana está disponível no LibPlay.
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