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Rose Maiorana entrevista Sebá Tapajós em mais um episódio do videocast 'LibArt'

Em um diálogo descontraído, Sebá relembrou os momentos com o pai, o violonista Sebastião Tapajós. O bate-papo estará disponível a partir das 14h, no Lib Play

Emanuele Corrêa
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Neste sábado, 16, tem mais um episódio do videocast "LibArt", apresentado pela empresária e artista plástica Rose Maiorana, que conversou no estúdio da Redação Integrada de O Liberal com o artista paraense, Sebá Tapajós. O bate-papo estará disponível a partir das 14h, no Lib Play.

Em um diálogo descontraído, Sebá relembrou os momentos com o pai, o violonista Sebastião Tapajós, que faleceu ano passado. Também a relação com o município de Santarém e os rios a Amazônia. "A forma que eu tinha de me conectar com ele, era ouvindo o LP, desenhando as capas... Sempre gostei de desenho, meu pai também gostava. Teve a nossa vivência desde a infância com Santarém, essa Amazônia de rios, de pesca, com olhar carinhoso. Vivíamos essa Amazônia ribeirinha", disse Sebá, relembrando a infância.

Rose perguntou ao artista sobre as suas influências e relação com a Amazônia, já que o artista viajou muitos países do mundo. Sebá destacou que devido ao seu crescimento enquanto artista e visibilidade, teve oportunidade de estudar e dar aula no exterior, mas acredita que tem muitas contribuições ainda a oferecer ao estado. "Isso é tudo que imprime meu trabalho. Eu quis ficar aqui, porque eu vi que tinha muito o que poderia ser feito pelo estado. É um resgate do meu DNA, minha mãe é de Belém e meu pai de Santarém, então, eu fui reconhecido como cidadão belenense em 2017, na câmara dos vereadores. Fico feliz com a escolha que fiz de não morar na Europa", argumentou.

Entre risos, Rose e Sebá relembraram uma capa no caderno de cultura em O Liberal, pois o artista além de ser reconhecido pelo talento, também ganhou destaque pelo daltonismo - distúrbio que dificulta a percepção das cores. "A minha primeira matéria, foi uma capa do O Liberal, em 2007, com o primeiro mural de grafite em spray, do Estado do Pará. Que foi na avenida Presidente Vargas, no Círio. Fiquei marcado por ser um artista daltônico. Trabalhei muito tempo só com o preto e branco, tive que estudar três vezes mais para trabalhar com as cores, por causa do daltonismo. Meu grau é o terceiro grau, é muito, eu não consigo ver se é lilás, azul, rosa ou cinza", comentou.

A empresária questionou Sebá sobre o trabalho desenvolvido junto com a comunidade ribeirinha, nas ilhas. O artista disse que é algo bem anterior e que chegou a morar mais de um ano na região do Combu, enquanto desenvolvia o projeto e isso o proporcionou conhecer praticamente toda população da localidade. "Com os ribeirinhos, já era algo que eu convivia desde 2007, 2008, 2009, também no contexto do Governo Ana Júlia. Eu era coordenador do movimento Hip Hop, que culminou no Fórum Social Mundial. Eu frequentava muito o Combu, terminei a faculdade, viajei e quando voltei eu tive destaque na Fátima Bernardes. Com a exposição, eu pude me capitalizar e fazer esse processo", afirmou.

"A galera estava muito perto e longe. Era uma população muito esquecida pelo poder público, por lei deveriam ser protegidos. São áreas de proteção ambiental, deveríamos ter esse cuidado, carinho. E desenvolvemos uma amizade muito grande, então, em seis anos de projeto, eu morei um ano e meio lá. É um trabalho mais profundo, fizemos a primeira galeria fluvial do mundo, reconhecida pelo Iphan. Tivemos uma repercussão internacional do projeto. Eternizei meu trabalho junto desse movimento que é o muralismo, colocando o Pará no mapa internacional da Sreet Art", finalizou.

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