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Os Dinâmicos lançam álbum ‘Baile da Guitarrada’ e unem três gerações em homenagem a Mestre Vieira

Com dez faixas autorais, o álbum reúne guitarrada, lambada, carimbó e brega, e estará disponível dia 8 nas plataformas digitais

Amanda Martins
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Se a guitarra começa a tocar, o corpo pede dança. É com essa energia que Os Dinâmicos apresentam “Baile da Guitarrada”, álbum que chega às plataformas digitais na próxima quarta-feira (8) e promete trazer o clima das noites paraenses com a força de um gênero criado por Mestre Vieira, com dez faixas autorais que passeiam por ritmos como guitarrada, lambada, carimbó e brega.

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Buscando consolidar o legado de Viera e reafirmar a força da guitarrada - estilo musical que atravessou épocas-, o novo projeto reúne três gerações de música que se encontram para celebrar e renovar a tradição do ritmo que é a cara do Pará.  Fazem parte da formação os veteranos Dejacir Magno (voz), Luís Poça (teclado) e Lauro Honório (guitarra base) - todos integrantes da formação original do grupo-, além de Jairo Rocha (bateria), Cassiano Neto (baixo e direção musical), Carlos Canhão Brito Jr. (percussão e produção musical) e o jovem Wesley Souza (guitarra solo), de 22 anos.

image O Mestre Vieira foi um dos criadores da guitarrada - ritmo genuinamente amazônico. (Renato Reis / Divulgação)

Para Carlos ‘Canhão’ Brito Jr., o projeto simboliza a continuidade de uma história que começou há mais de cinco décadas. O percussionista explica que a nova formação reúne músicos que ajudaram a construir o gênero e jovens artistas que o mantêm vivo na cena contemporânea. “O público pode esperar o que o título do álbum indica, música para dançar, literalmente um ‘baile’”, disse o produtor musical. 

image Carlos ‘Canhão’ Brito Jr. (Amarílis)

Entre os músicos mais antigos, a emoção de participar do lançamento é evidente. Lauro Honório, que integrou a primeira formação de Vieira e Seu Conjunto, recorda o início do gênero e celebra a continuidade.

“É uma honra ter participado desde 1970 da criação e evolução da guitarrada. Ver agora o estilo que ajudei a moldar ganhar ainda mais reconhecimento com o ‘Baile da Guitarrada’ é uma realização. Participar desse álbum é como ver um filho crescer. É um tributo ao legado de Mestre Vieira e à história que vivemos juntos”, afirmou o guitarrista.

image Lauro Honório (Amarílis)

Para Lauro, o novo projeto também representa a continuidade do legado de Vieira e a inspiração para novas gerações de músicos e fãs. “Ver o estilo musical que criamos juntos, continuar a dançar e a emocionar as pessoas é o maior prêmio que poderia receber. É uma experiência incrível, que me enche de orgulho, gratidão e alegria”, complementou. 

O tecladista Luís Poça também destaca a importância de manter viva essa herança musical. “Manter uma cultura musical é valorizar sua criação e levar o legado de Mestre Vieira para novas gerações. A técnica de solo e o ritmo da guitarrada precisam continuar sendo difundidos pelo mundo”, comentou.

image Luis Poça (Amarílis)

Para Dejacir Magno, crooner da lambada e integrante mais antigo do grupo, o novo álbum também tem papel formativo. Ele acredita que a troca entre veteranos e novos músicos é o que garante a continuidade do gênero.

image Dejacir Magno (Amarílis)

“Seguimos a tradição dos primeiros anos da guitarrada, abrindo espaço para novas gerações. O lançamento do nosso novo trabalho é uma forma de unir tradição e novos públicos, e mostrar que a música da Amazônia segue viva e dançante”, explicou.

Juventude e renovação

image Wesley Souza (Amarílis)

A nova geração chega trazendo novas influências, mas com o mesmo respeito pelas origens. O guitarrista Wesley Souza, o mais jovem do grupo, afirma que é uma grande responsabilidade herdar esse legado. “Poder contribuir com a história da guitarrada é maravilhoso. É um ritmo que reflete a alma e a identidade cultural do Pará e da Amazônia, reconhecido como patrimônio cultural brasileiro”, disse. 

image Jairo Rocha (Amarílis)

O baterista Jairo Rocha, que se uniu ao grupo em 2015, reforça que o sentimento é de gratidão e continuidade. “Herdar e contribuir para o legado da guitarrada significa preservar e difundir a história do Mestre Vieira e de outros mestres que ajudaram a criar esse som tão nosso”, afirmou. 

Produção

Segundo Cassiano Neto, diretor musical do projeto, o título do álbum reflete a proposta sonora: um convite à dança. “O nome ‘Baile da Guitarrada’ remete à variação de estilos, como uma festa em que cada faixa tem uma batida própria, mas todas convidam o público a dançar. Trabalhamos com a técnica dos músicos mais antigos, acrescentando elementos propostos pelos novos integrantes, sem perder a essência”, explicou.

image Cassiano Neto (Amarílis)

Filho do primeiro baterista dos Dinâmicos (in memoria, Mestre Cassiano Pereira, o responsável pela abrangência rítmica da guitarrada), Neto, pôde aprender ‘na fonte’ essas levada que fazem o ‘molho’ do ritmo.

“Tive a possibilidade de me aprofundar sobre o estudo que tenho feito das influências que inspiram o estilo da banda.  Em algumas músicas, fizemos questão de manter a ideia da musicalidade e sonoridade da música barcarenense, já que a banda também são conhecidos como ‘As Raízes da Guitarrada’”, explicou. 

“Esperamos contemplar da melhor forma o público e atingir o objetivo do projeto que é mostrar nossa música e contribuir com a cultura musical paraense/brasileira”, complementou. 

O álbum ainda conta com músicos convidados como Marcelo Cardoso (sax barítono), Daniel Corrêa (trombone) e Nael Carvalho (trompete), com arranjos de metais assinados por Cassiano. 

A produção executiva é assinada por Luciana Medeiros. O projeto faz parte do ‘Baile da Guitarrada – Lab Música’, realizado via Lei Rouanet Norte, com patrocínio da Caixa, Banco da Amazônia, Correios e Banco do Brasil.

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