O que é enema? Entenda a 'super chuca' que ajudou Gaby Amarantos a emagrecer
Cantora revelou ter perdido 14 kg após adotar técnica extrema de lavagem intestinal que, segundo ela, utiliza até 300 litros de água

Gaby Amarantos voltou a ser assunto nas redes sociais ao revelar, durante entrevista ao programa De Frente com Blogueirinha, o método inusitado que adotou para emagrecer: uma lavagem intestinal intensa, que ela mesma apelidou de “super chuca”. A técnica, que teria ajudado a cantora a perder 14 quilos, é chamada de enema e envolve a introdução de grandes volumes de água no intestino.
"O enema é um processo que na Segunda Guerra eles faziam para aumentar a imunidade dos soldados, então tem todo um estudo. Foi o que eu encontrei", contou Gaby, que usou impressionantes 300 litros de água no procedimento.
VEJA MAIS
"Eu fiz uma vez em uma clínica, que eu queria experimentar. A minha mente limpou, o meu corpo limpou e eu consegui emagrecer por conta desse processo", relatou.
Apesar do tom descontraído da conversa, o tema gerou debate: o que exatamente é essa tal de "super chuca"? É seguro fazer esse tipo de procedimento? Pode mesmo ajudar a emagrecer? Confira, a seguir, tudo sobre o enema.
💧 O que é o enema e para que serve?
O enema, também conhecido popularmente como chuca, é uma técnica de limpeza intestinal em que se introduz líquido no reto com o objetivo de estimular a evacuação e eliminar resíduos acumulados no intestino grosso.
Originalmente, o procedimento tem finalidades médicas bem definidas:
- Tratar prisão de ventre grave;
- Preparar o intestino antes de cirurgias ou exames como colonoscopia;
- Administrar medicamentos via retal em determinadas situações clínicas.
Existem kits prontos para uso doméstico que podem ser adquiridos em farmácias, mas a prática também pode ser realizada em clínicas, sob orientação profissional.
🚨 Enema ajuda no emagrecimento?
Segundo médicos, o enema não é indicado para perder peso. A perda de quilos após o procedimento está relacionada à eliminação de líquidos, resíduos e fezes acumuladas, e não à queima de gordura.
Esse tipo de prática pode dar uma sensação momentânea de leveza e redução do inchaço, mas não promove emagrecimento real. Além disso, pode causar desequilíbrio eletrolítico, afetar a flora intestinal e até levar a complicações sérias.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o organismo humano possui mecanismos naturais de desintoxicação, principalmente através do fígado, rins e intestinos.
O uso repetido de enemas pode, inclusive, prejudicar esses sistemas, deixando o intestino “preguiçoso” e dependente da técnica para funcionar. Outro risco é a remoção da flora intestinal saudável, essencial para a digestão, imunidade e produção de nutrientes.
⚠️ Os principais riscos do enema feito sem orientação médica
Embora o procedimento possa ser seguro quando feito sob supervisão e com indicação médica, ele também carrega riscos consideráveis, especialmente quando realizado de forma exagerada ou com técnicas caseiras.
Entre os principais perigos estão:
- Perfuração retal, por uso de sondas inadequadas ou má técnica;
- Infecções por falta de higiene no material;
- Desidratação;
- Irritação e inflamação intestinal;
- Alterações na flora bacteriana do intestino;
- Crises de hemorroidas;
- Fissuras anais.
O uso de chuveirinho para realizar a lavagem, prática comum em ambientes não médicos, é especialmente desaconselhado, já que não permite controle do volume ou da pressão da água.
🔍 Quando o enema é indicado?
As principais indicações médicas do enema são:
- Constipação intestinal severa ou impactação fecal;
- Preparação para cirurgias abdominais ou exames como colonoscopia;
- Administração de medicamentos via retal;
- Remoção de fezes endurecidas (fecaloma).
Nessas situações, o enema deve ser prescrito por um médico, com a solução adequada e realizado por profissionais de saúde habilitados, como enfermeiros e técnicos supervisionados.
Alternativas mais seguras para regular o intestino
Para quem sofre com prisão de ventre ou sensação de inchaço, a solução geralmente está em mudanças simples de hábitos:
- Dieta rica em fibras (frutas, legumes, grãos integrais);
- Ingestão adequada de água (2 a 3 litros por dia);
- Atividade física regular, que estimula o funcionamento do intestino;
- Evitar o uso indiscriminado de laxantes ou lavagens.
Em casos persistentes, o ideal é consultar um gastroenterologista, que pode indicar o melhor tratamento.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA