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Museu do Estado do Pará, em Belém, exibe exposição sobre a biodiversidade amazônica

Com acervo de ilustrações e xilogravuras, a mostra “O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidade” integra o programa Road to Belem, iniciativa da Embaixada da Suíça no Brasil para a COP30, e está em cartaz até 4 de janeiro

O Liberal
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Está aberta ao público no Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém, a exposição “O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidade”, promovida pela Embaixada da Suíça no Brasil, Consulado-geral da Suíça no Rio de Janeiro, Museu Paraense Emílio Goeldi e Associação Artística e Cultural Oswaldo Goeldi. A mostra destaca as contribuições históricas da Suíça à preservação da biodiversidade amazônica, em especial por meio do trabalho do naturalista suíço Emílio Goeldi e do artista Oswaldo Goeldi, filho do cientista.

Imersiva e educativa, com tecnologia de realidade aumentada, a exposição reúne ilustrações de 337 espécies de aves amazônicas pertencentes ao acervo do Museu de História Natural de Berna, na Suíça, e 22 xilogravuras coloridas de flores brasileiras, reforçando o diálogo entre arte e ciência. A mostra integra o programa Road to Belem, desenvolvido para a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP30), que reúne várias atividades da Suíça no Brasil com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e a prosperidade por meio da identificação de soluções sustentáveis, compartilhadas e inovadoras. 

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A mostra é resultado de uma imersão fotográfica realizada pela fotógrafa e pela curadora Ida Hamoy

O embaixador da Suíça no Brasil, Hanspeter Mock, disse que o Estado do Pará tem um significado especial para as relações entre suíços e brasileiros, pelos laços científicos, culturais e ambientais, ao longo de mais de um século. “No centro dessa conexão está Emílio Goeldi, o naturalista suíço cujo trabalho pioneiro na Amazônia lançou as bases para a pesquisa tropical moderna no Brasil. Ao chegar a Belém, vi como a cidade é moldada pela natureza. Ficou claro para mim por que Emílio Goeldi dedicou seu trabalho a esta região”, afirmou o embaixador.

Para o embaixador Hanspeter Mock, é especialmente significativo apresentar a exposição em Belém, uma cidade que continua a preservar e expandir esse legado por meio do Museu Paraense Emílio Goeldi e de colaborações contínuas entre instituições suíças e brasileiras. “A contribuição de Emílio Goeldi é celebrada não apenas como um marco do envolvimento científico suíço no exterior, mas também como um símbolo duradouro de nossa parceria com o Brasil, enraizada no respeito pelo conhecimento e pela importância global da Amazônia”, assinalou.

A curadora Lani Goeldi explica que a exposição se estrutura em três eixos: Legado, Atualidade e Futuro, destacando o papel da arte como ponte entre o conhecimento científico e o público. A exposição, destacou, busca dialogar com vários públicos, com uso da tecnologia. “Todas as obras podem ser vistas pelo celular através de um aplicativo de realidade aumentada que reproduz também o som dos pássaros, resultado de um trabalho de pesquisa minucioso. A realidade aumentada proporciona a interatividade com as obras e atrai o público jovem para descobrirem mais sobre o acervo apresentado”, afirmou. 

O diretor do MEP, Bruno Silva, disse que a exposição é muito importante porque expressa um retrato da Amazônia feito há mais de cem anos, com atenção para a biodiversidade da floresta. “Estamos muito gratos à Suíça por entregar essa exposição”, afirmou.

Segundo Armando Sobral, diretor do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) do Pará, a trajetória do Museu Emílio Goeldi na produção de ciência na Amazônia confunde-se com a formação dos primeiros museus de história natural do Brasil. O papel do Goeldi, destacou, “referencia todas as iniciativas voltadas para a salvaguarda da memória, cultura, saberes e história do povo amazônico”. 

Agende-se

Data: aberta ao público até 4 de janeiro de 2026.
Horários de visitação: terça a sexta, das 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, das 9h às 13h. Entrada gratuita.
Local: Museu do Estado do Pará (MEP), praça Dom Pedro II, em Belém. 

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