Artistas paraenses competem em eliminatórias de sambas-enredos no Carnaval do Rio de Janeiro

Depois de vitória na Grande Rio, Fábio Moreno e Marcelo Moraes voltam ao Estado para mais disputas

Bruna Dias
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O intérprete paraense Fábio Moreno se prepara para mais uma disputa de sambas-enredo no Rio de Janeiro. Há mais de 25 anos imerso no mundo carnavalesco do Norte do país, ele foi o responsável por defender, em 2025, a música campeã na Grande Rio, que, na ocasião, tinha o Pará como enredo. Agora, chegou a vez de ele, novamente, estar na escola de Caxias e também na Mangueira, dando voz a duas composições na concorrência do Carnaval no Rio de Janeiro.

Na disputa que ocorre em setembro, Fábio Moreno interpretará, na Grande Rio, o samba 4, que tem como enredo "A Nação do Mangue", e, na Verde e Rosa, o 11, que apresenta “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”.

“Fico muito feliz em, mais uma vez, ser lembrado como intérprete. O enredo da Mangueira tem as características da Amazônia e fala do grande mestre Sacaca, curandeiro do Estado do Amapá. A parceria de compositores, que é uma junção de paraenses, cariocas e amapaenses, disse que não poderia ser outra pessoa para cantar esse samba a não ser eu. Vou ser a voz desse samba junto com o grande intérprete do Rio de Janeiro, que é o Wantuir Oliveira. É mais um desafio, mas, cada vez mais, me sinto preparado. Grande Rio e Mangueira são escolas com características totalmente diferentes”, pontua.

Fábio Moreno ainda destaca o peso de estar nessas disputas mais um ano, concorrendo com grandes nomes da música nacional, além de ser uma experiência diferente das etapas vividas por ele no ano passado com a escola de Caxias: “Sabemos que a Mangueira é uma das maiores do Brasil. Vai ser bastante acirrada, já que ela será vivida 100% no Rio de Janeiro. Estamos preparados, e o samba tem ganhado força dentro da comunidade.”

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“Essa disputa na Grande Rio foi uma surpresa. Ailson Picanço e o Marcelo Moraes, assim como outros parceiros, também estão assinando o samba concorrente na escola, que está muito forte dentro da comunidade de Caxias. E o bacana disso tudo é que a comunidade fica perguntando — após eu dar alguns spoilers nos nossos perfis das redes sociais — se eu que iria defender esse samba. Estarei lá!”, antecipa o intérprete paraense.

Como citado por Fábio Moreno, dois dos compositores dos sambas que estão concorrendo na Mangueira e na Grande Rio são os paraenses Ailson Picanço e Marcelo Moraes, que inclusive foram os responsáveis pelo samba-enredo levado para a avenida pela escola de Caxias em 2025, que trazia como tema "Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós". Inclusive, eles ainda estão nas disputas na Beija-Flor e na Vila Isabel.

“Ano passado levamos para a avenida, além do samba da Grande Rio, também o do Porto da Pedra. Mas ganhar no Rio de Janeiro é um desafio, porque somos do Pará. Estar disputando com grandes nomes do samba não é fácil, como Diogo Nogueira, Xande de Pilares e Arlindinho. Mas é um orgulho muito grande ter o nosso samba com DNA paraense na Marquês de Sapucaí”, relembra Marcelo sobre a disputa de 2025.

Tudo o que foi vivido pelos compositores em 2024 os credenciou para este novo momento em 2025. “Com a vitória nessas duas escolas, as portas se abriram ainda mais e surgiram os convites para participarmos de outras escolas. Este ano, estamos concorrendo na Beija-Flor, que vem trazendo o enredo do Bembé do Mercado, que é o maior candomblé de rua do país. Tem também na Vila Isabel, além de Mangueira e Grande Rio”, explica Marcelo.

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