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Galeria Rose Maiorana abre espaço para narrativas de mulheres na arte amazônica

Mostra gratuita segue até 29 de agosto com trabalhos que exploram temas como desigualdade social, maternidade e religiosidade

Amanda Martins
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Na noite da última quarta-feira (13), a Galeria Rose Maiorana, em Belém, recebeu a vernissage da exposição Vozes Femininas da Amazônia”, promovida pelo Instituto Mulheres Artistas da Amazônia. A mostra, que segue aberta ao público gratuitamente de 15 a 29 de agosto, com visitação de segunda a sábado, reúne obras que abordam temas como desafios dos relacionamentos interpessoais, complexidades da maternidade, sacrifícios da experiência materna, busca por igualdade, independência e espiritualidade. O evento conta com apoio da Chandon, Cerveja Caribenã e Grupo Liberal.

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Ao todo, 14 artistas participam da exposição: Andréa Noronha, Ariany Machado, Aracely Miranda, Camila Lima, Daniela Guerra, Michele Ferri, Maria Libonati, Milene Fonseca, Nazaré Mello, Rose Maiorana, Rose White, Rosana Uchôa, Renata Costa e Paula Guedes.

image A artista plástica Rose Maiorana (Carmem Helena / O Liberal)

Vice-presidente do Instituto e anfitriã da galeria, Rose Maiorana destacou que o espaço abriga 33 obras e uma programação diversificada. “Tem poeta, escritora, quadros de crochê, dança... É muito importante cada vez mais estarmos agregando”, afirmou, ressaltando que o ambiente se tornou um ponto de encontro de múltiplas expressões artísticas.

image A artista plástica e presidente do Instituto, Andréa Noronha (Carmem Helena / O Liberal)

A curadoria é de Andréa Noronha, presidente do Instituto, que explicou que a mostra foi pensada para dar voz às manifestações artísticas femininas diante de questões como a violência e a desigualdade social. “A arte é uma ferramenta de empoderamento muito grande para a gente e a gente não poderia deixar passar essa oportunidade”, afirmou. 

Segundo ela, a proposta foi deixar que cada artista se manifestasse livremente por meio de técnicas como pinturas e fotografias, expressando vivências que dialogam com outras mulheres.

Galeria Rose Maiorana abre espaço para narrativas de mulheres na arte amazônica

Andréa também apresentou sua própria série fotográfica, revelando que foi um desafio sair de sua zona de conforto, antes voltada apenas à pintura. Ela contou que a seleção traz autorretratos que expõem sua religiosidade e ancestralidade, ligadas ao Candomblé e ao sincretismo com símbolos católicos. “Auto-retrato é uma modalidade da fotografia onde você se desnuda. Você mostra tudo que você tem para mostrar”, disse. 

Em uma de suas obras, correntes representam aprisionamentos vividos ao longo da vida, desde a infância, passando pelo casamento e pela maternidade.

image A artista plástica e neurocientista Camila Lima (Carmem Helena / O Liberal)

A artista Camila Lima, que também é neurocientista e dentista, levou três obras. Uma delas, inspirada em um poema da “poeta dos vinhos” Rose White, foi criada especialmente para dialogar com o recital apresentado na aberta da exposição. “A obra foi feita em cima da poesia dela, que quando ela declamar ou se alguém lê ali do lado, vai ver que foi feita para ela”, contou. 

As outras duas criações têm como referência a Belle Époque da Amazônia, combinando elementos arquitetônicos da época com a floresta. Para Camila, uma das pinturas representa ‘uma mulher contemplando a beleza da natureza, com uma taça de vinho na mão’, enquanto a outra expressa ‘a feminilidade das cores da Art Nouveau emergindo no meio da floresta’.

Além das obras expostas, o público assistiu ao recital “Vinhos em Campos Marajoaras”, de Rose White, acompanhada pela violoncelista Thaís Carneiro; à performance de Aracely Miranda, que também assina trabalhos na exposição; e à apresentação do trio de bailarinas da Volé Cia de Dança, com a coreografia “Lugar de Fala”, dirigida por Gaby Albuquerque.

SERVIÇO:

Exposição ‘Vozes Femininas da Amazônia’

  • Visitação: 15 a 29 de agosto;
  • Local: Galeria Rose Maiorana, localizada no bairro do Marco, em Belém;
  • Entrada  gratuita. 
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