Arte e sustentabilidade se unem na 'Freezone Cultural Action', que será realizado em Belém na COP 30

Instalação artística reunirá esculturas, arenas culturais, gastronomia e fóruns temáticos de 9 a 21 de novembro

Amanda Martins

As alegorias da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, que homenagearam o estado do Pará no desfile de 2025 com o enredo Pororocas Parawaras”, já estão em Belém e passam a integrar o projeto cenográfico da Freezone Cultural Action. A iniciativa ocorrerá durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) 30, marcada para novembro deste ano na capital paraense.

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As peças, que emocionaram milhões de pessoas na Marquês de Sapucaí, agora serão reaproveitadas como elementos centrais de uma grande instalação artística na Praça da Bandeira, localizada no bairro da Campina. A exposição poderá ser visitada entre os dias 9 e 21 de novembro, com entrada gratuita.

Entre as esculturas que estão no acervo disponibilizado para a ação estão uma onça trançada em metal, uma arara gigante, a Cobra Grande e elementos inspirados na iconografia marajoara, como representações que evocam a floresta, os encantados e a ancestralidade amazônica.

Uma das novidades da iniciativa é que o espaço vai abrigar uma programação diversificada com arenas culturais, domos geodésicos, experiências sensoriais, fóruns temáticos, shows musicais, apresentações teatrais, arte pública e gastronomia regional. A realização é do Instituto Cultural Artô, com apoio do Comando Militar do Norte (CMN) e da Prefeitura de Belém.

Do samba à sustentabilidade

De acordo com Giovanni Dias, fundador do Instituto e idealizador da iniciativa, o projeto visa conectar arte, cultura e meio ambiente como ferramentas de mobilização social em torno dos temas discutidos na COP 30.

“A programação foi pensada de forma a dar vozes às pessoas e, principalmente, aos jovens, na temática central que é a floresta em pé, a vida debaixo d'água nas encostas e as matrizes energéticas”, explicou.

Ele também destaca que as alegorias, além de manterem viva a memória do desfile, se tornam símbolos de circularidade e sustentabilidade. “Ao levarmos o Pará para o mundo através do carnaval no Rio de Janeiro e ao trazermos de volta aquilo que foi criado, nós autenticamos a questão cultural, mas ao mesmo tempo criamos uma circularidade e uma longevidade numa produção que poderia ter sido simplesmente descartada pós-Carnaval”, afirmou.

Mobilização cultural

Durante os 13 dias de evento, a expectativa é de que cerca de 10 mil pessoas passem diariamente pela Freezone, participando das atividades culturais e dos fóruns de debate.

“Nós temos uma expectativa de público entre os públicos qualificados para debater as questões da COP, mas também esperamos uma grande participação da população em geral. As pessoas vão poder assistir a espetáculos, shows de música, teatro, e aproveitar uma praça de alimentação preparada para receber todos”, disse Giovanni.

“A proposta é que esse ambiente artístico e sensorial inspire a criação de um manifesto, que será entregue à ONU após a Freezone, incorporando o pensamento jovem do Pará às próximas discussões sobre o clima no planeta”, acrescentou.

Circularidade e legado

Para Giovanni Dias, o conceito de circularidade está no centro da proposta. “A questão é: ‘Como faço, de forma sustentável, a reutilização de materiais para que eles possam ser reciclados, colocados para uso consciente e contínuo?’.  E como faço com que isso reverbere no tempo, levando cultura, alegria, e ao mesmo tempo conservando os recursos naturais, acrescentou.

Após o encerramento da exposição, as alegorias da Grande Rio serão doadas para escolas de samba de Belém, prolongando sua vida útil e fortalecendo a cultura local.

O acesso a todas as atividades da Freezone será gratuito, mediante cadastramento em aplicativo com emissão de QR Code individual para entrada e seleção de atividades. A programação começa às 8h da manhã e segue até as 22h, com possibilidade de extensão conforme o cronograma final.

O projeto conta com o patrocínio da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL/CCAL), em parceria com empresas como Hydro, Albras, Alcoa, ReciclaBR, Novelis, MRN, Termomecânica e CBA, além da Cojovem e do Governo do Pará.

SERVIÇO:

Freezone Cultural Action

  • Local: Praça da Bandeira;
  • Data: 9 a 21 de novembro;
  • Entrada gratuita e aberta ao público;
  • Mais informaçõe no Instagram @freezonecop30
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