Solução para Grande Belém exige mais de um aterro e novas alternativas

UFPA propôs cronograma de trabalho e Ministério Público vai acompanhar discussões

João Thiago Dias
fonte

Ainda sem local para passar a depositar o lixo a partir de maio, caso se confirmem o esgotamento e fim das atividades do aterro de Marituba, a Grande Belém não pode mais depender de um único aterro, e precisa iniciar já frentes em outras alternativas, como triagem de resíduos, incineração, reciclagem compostagem e outras soluções.

Leia mais:

- Empresa que opera aterro de Marituba quer encerrar atividades por falta de pagamento
- Ganhos são metade do ideal, diz Guamá
- Marituba: aterro é investigado desde 2016


É o que aponta o engenheiro sanitarista Neyson Martins, pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA) que integra o grupo de trabalho interdisciplinar e técnico que se debruça sobre a questão do lixo na Grande Belém.

O grupo reúne representantes dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, sob o comando do Estado do Pará e acompanhado por engenheiros da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), ligada à Universidade Federal do Pará (UFPA). O objetivo será decidir qual tecnologia pode ser adotada pelo consórcio que ficará a encargo do tratamento dos resíduos sólidos na área metropolitana.

"Com a tendência de fechamento do aterro de Marituba, também queremos duas possibilidades de aterro, mas ainda não temos os locais. Precisamos estudar a área. E é possível encontrar sim", garantiu Neyson.

AÇÕES

De acordo com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), a proposta de viabilidade social, econômica e ambiental dos resíduos da RMB - apresentado, no início desta semana, à Promotoria de Justiça de Marituba - exige uma ação progressiva, em etapas.

"A Fadesp propôs um cronograma de trabalho que deve ser obedecido rigorosamente. O MPPA, por sua vez, vai propor um termo de ajustamento de conduta (TAC) ou ação judicial para exigir a observação desse cronograma", informou em nota o MP.

Mais conteúdos:

- PMB quer manter contrato de aterro
- Ananindeua rejeitou aumentos abusivos
- Marituba afirma isenção por sediar aterro
- Semas nega impedir aumento do aterro

Será encaminhada uma cópia para as prefeituras dos três municípios com a proposta de um TAC voltado ao comprometimento de que formem o consórcio sob a diretriz do Governo do Estado do Pará e cumpram uma agenda técnica voltada à decisão sobre a tecnologia que será adotada em substituição ao aterro sanitário de Marituba.

Segundo o MPPA, essa agenda deve contemplar a solução para os resíduos dentro de dois anos. O órgão também esclareceu que não existe possibilidade do lixão do Aurá ser retomado.

Outros conteúdos:

- Comunidade quer o fechamento do aterro sanitário de Marituba
- Fórum exige solução para gestão de resíduos sólidos na Grande Belém
- Diariamente, aterro de Marituba acolhe menos lixo que antigo Aurá


"O Aurá não comportava mais os resíduos. Se as prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba pensam que poderão voltar a jogar lixo no Aurá, podem estar certas que o Ministério Público lutará na Justiça para não permitir e, certamente, a ação será procedente, pois voltar a jogar lixo no Aurá significa condenar toda a população de Belém e Ananindeua a se contaminar com o chorume que escorre para o lago Bolonha. Adoeceremos, todos, com a volta do lixão do Aurá", avalia o Ministério Público.

O engenheiro sanitarista Neyson Martins reforça: "As alternativas [que precisam ser buscadas] incluem as propostas orçamentárias, a valorização dos resíduos, a separação mecânica, a reciclagem, a triagem, o tratamento anaeróbico, a incineração e a compostagem, entre outros".

Outras matérias relacionadas:

- Belém ainda soma 500 pontos de descarte irregular de lixo
- Alagamentos são gerados pela prefeitura, e não pela população, dizem comunidades

- Prefeitura diz que faz manutenção de canais e recolhe entulho

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM