População se arrisca no segundo dia de greve de ônibus em Belém
Ciclistas, motociclistas e motoristas invadiram a pista expressa do BRT para fugir do trânsito. Quem não tinha essa alternativa, ficou nas paradas por um longo tempo esperando ônibus.
Enquanto faltam ônibus no segundo dia de greve de rodoviários da Grande Belém, muita gente tirou os carros, motos e bicicletas das garagens para se locomover. Isso gerou um aumento do trânsito de veículos particulares e congestionamentos nos grandes corredores de Belém. Para fugir dos engarrafamentos, muita gente invadiu a pista expressa do BRT, já que está sobrando espaço sem os veículos que usam essa área exclusiva.
O uso da pista expressa é exclusiva dos ônibus de linha expressa e do BRT, tendo uma velocidade diferenciada e modelos de paradas de veículos diferentes da pista comum. Só quem está autorizado a usar essa via são veículos públicos de serviços essenciais e a trabalho, como ambulâncias, viaturas de órgãos de trânsito e policiais.
"Chegamos há 30 minutos e não tá passando nada. Só vans e cobrando R$ 5. Pesa no bolso. É muita dificuldade", comentam Domingos Sebastião e Keitiane, que aguardavam por um ônibus na avenida Augusto Montenegro.
O mecânico Edevaldo Nascimento, de 50 anos, passou de uma hora de espera na parada de ônibus em frente ao Detran. Ele trabalha em São Brás. E disse que estão trafegando poucos ônibus. Mesmo assim, lotados. "Quem sofre é o povo", disse ele, às 8h.
Na Mário Covas, na Augusto Montenegro e na Almirante Barroso, o movimento de ônibus segue fraco na manhã desta quarta (4), segundo dia de greve dos rodoviários. A Justiça do Trabalho determinou 40% da frota nas ruas, mas muitos usuários e os sindicatos dos rodoviários apontam que essa determinação não condiz com a realidade.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA