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Naufrágio Combu: relembre outros casos de acidentes em rios de Belém

Piloto não-habilitado, embarcação irregular e acidente durante a noite; o caso do último domingo guarda semelhanças com outros acidentes ocorridos nos rios da capital

O Liberal
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No início da noite de domingo (9), uma rabeta que vinha do Combu, região insular de Belém, com destino aos portos da capital, virou no Rio Guamá. O acidente deixou duas pessoas mortas - uma criança de seis meses e uma mulher de 29 anos - e outras duas desaparecidas, incluindo o piloto da embarcação, um idoso de 77 anos. Ao todo, dez pessoas estavam na rabeta. As circunstâncias do caso ainda estão sendo esclarecidas pelas autoridades, mas, de acordo com testemunhas, a chuva e o vento forte que agitavam as águas no momento da travessia seriam a causa do acidente.

De acordo com a Marinha do Brasil, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (10), a embarcação era clandestina, o piloto não tinha habilitação e ninguém usava colete salva-vidas. A Prefeitura de Belém informou que a rabeta não pertencia à cooperativa cadastrada pela Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) para fazer a travessia. As buscas pelas duas pessoas desaparecidas são comandadas pela Marinha e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA). A Polícia Civil informa que um inquérito policial foi instaurado pela Delegacia Fluvial para apurar o caso.

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Além de Natalino Pantoja, 77, que era o dono da embarcação, Paulo Bittencourt, 31, amigo da família, também ainda não foi localizado

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O caso guarda algumas semelhanças com outros acidentes ocorridos nos rios de Belém nos últimos anos. Confira:

Naufrágio em Cotijuba

A lancha Dona Lourdes II naufragou, na manhã do dia 8 de setembro de 2022, na Baía do Marajó, próximo à Ilha do Combu, em Belém, deixando 23 pessoas mortas, incluindo quatro crianças. A embarcação era de responsabilidade do comandante Marcos de Souza Oliveira. Assim como no caso mais recente do Combu, a lancha também era irregular e não possuía autorização para transportar passageiros, de acordo com a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA). Quatro dias depois da tragédia, Marcus foi localizado e preso pelas autoridades policiais, mas, em dezembro daquele ano, teve o habeas corpus concedido e aguarda a audiência em liberdade.

Familiares das vítimas do naufrágio esperam pela nova audiência de instrução e julgamento do piloto da lancha. Uma audiência chegou a ser marcada em maio deste ano, mas foi adiada a pedido do Ministério Pública do Estado do Pará (MPPA) que alegou falta de documentação de vítimas e sobreviventes. A defesa dos familiares das vítimas vem atuado na juntada da documentação ao processo. A última movimentação foi da defesa do acusado que solicita a retirada da tornozeleira eletrônica de Marcos. Além disso, a assistência de acusação solicitou que seja oficiado a Polícia Científica do Pará (PCP) para que encaminhe os laudos do exame necroscópico de sete das vítimas, mas ainda não consta no processo.

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De acordo com o advogado Dorivaldo Belém, que atua na defesa da proprietária da lancha "Dona Lourdes II", a embarcação encontra-se em processo de limpeza

Caso Yasmin

A estudante universitária e influenciadora Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, desapareceu, na noite do dia 12 de dezembro de 2021, durante um passeio de barco pelas águas do rio Maguari, em Belém, onde estavam outras 19 pessoas, e o seu corpo foi encontrado no dia seguinte, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular. O dono da lancha, Lucas Magalhães de Souza, não era habilitado para conduzir a embarcação. Ele foi preso em novembro de 2022 e solto em março deste ano após decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), sem o uso de tornozeleira eletrônica. Outras seis pessoas foram indiciadas.

Em janeiro de 2023, após audiência de instrução e julgamento, a Justiça decidiu que ele deveria ser levado ao Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio com dolo eventual, posse e disparo de arma de fogo e fraude processual. O julgamento chegou a ser marcado no último dia 31 de maio, mas foi adiado devido a um pedido de recurso da defesa do acusado e ainda não tem nova data para acontecer.

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De acordo com a defesa da família, com o recebimento da ação, Lucas Magalhães e a Gran Marine Club, que já são responsabilizados criminalmente pela morte de Yasmin, passam a ser considerados réus também na esfera cível

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A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (26), nas redes sociais, pelo advogado Madson Nogueira, que atua pela família de Yasmin

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Preso em dezembro passado e solto em março deste ano, Lucas é dono da lancha onde Yasmin Cavaleiro de Macêdo estava antes de morrer, em dezembro de 2021

Thiago Costa

O cantor sertanejo paraense Thiago Costa sofreu um acidente em novembro de 2021, em Belém, quando estava em uma motoaquática que colidiu com uma lancha próximo ao Furo do Maguari, no bairro de Tenoné. Ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, onde ficou por quase um mês. O artista precisou passar por diversos procedimentos cirúrgicos, recebeu transfusões sanguíneas e chegou a necessitar de cadeira de rodas para se locomover, mas permaneceu com quadro estável durante o período de internação.

No dia 11 de novembro do ano passado, um ano depois do acidente e já de volta à rotina, o cantor relembrou o momento em uma postagem nas redes sociais: Hoje dia 11 de novembro faz 1 ano do acidente que sofri, faz um ano que renasci, que Deus me deu a oportunidade de ficar com a minha familia e poder continuar minha história. Quero sempre oferecer o meu melhor a todos vocês que me amam que torcem por mim, gostam meu trabalho e sempre me cercam de boas energias", escreveu.

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