Moradores liberam acesso ao aterro de Marituba, mas permanecem no local
Manifestantes decidiram liberar a passagem de veículos, mas afirmam que vão continuar acampados na área
Manifestantes que bloquearam a estrada de acesso ao aterro sanitário de Marituba no início da noite desta quarta-feira (5) decidiram há pouco liberar o fluxo de veículos, mas afirmam que permancerão no local em protesto contra a manutenção do espaço por mais quatro meses. O movimento é encabeçado por moradores do entorno e membros do Fórum Permanente Fora Lixão.
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Guarnições da Polícia Militar encaminhadas ao local continuam acompanhando a movimentação na estrada para garantir o acesso dos caminhões de lixo à área. As equipes mantém a segurança ao longo da via para que as operações de descarga possam ser feitas como determinou a liminar expedida na última segunda-feira (5). Mais cedo, militares chamaram as lideranças do movimento para um diálogo e descartaram qualquer intervenção pelo uso da força, desde que os moradores não criem obstáculos ao trânsito dos caminhões coletores.
Os manifestantes deixaram claro que pertendem continuar o protesto às margens da estrada ao longo da madrugada, e que pretendem respeitar a liminar que determina à Guamá Resíduos Sólidos receber a carga de lixo urbano coletada ao longo da última semana e que estava retida nas garagens das empresas de coleta por conta da obstrução da via pelos moradores.
CONTRA A PRORROGAÇÃO
O ato é contra a determinação da Justiça Estadual que definiu a prorrogação das atividades do aterro por mais quatro meses. A área é gerida pela Guamá Tratamento de Resíduos. Segundo os moradores, o ato é uma reação à declaração da empresa que, em nota publicada nesta quarta-feira (5), disse não se responsabilizar pelos danos ambientais futuros causados à área após a prorrogação do prazo para o fim das atividades - anunciado para o dia 31 de maio de 2019, mas contestado na Justiça por administrações municipais.
O aterro de Marituba é o destino de 1,6 toneladas diárias de lixo geradas nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. A Guamá Tratamento de Resíduos já anunciou que acata a decisão do Tribunal de Justiça do Estado após Ação Cautelar do Município de Belém, mas prometeu recorrer da decisão.
Uma disputa judicial sobre a continuidade das atividades do aterro, iniciada há seis meses, tem como principal pivô o valor cobrado por cada tonelada de lixo recebida pela área.
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