Licitação do Transporte de Belém: prefeitura apresenta projeto nesta sexta (29)

A licitação do transporte público de Belém será apresentada à população nesta sexta-feira (29), durante o X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa). As propostas poderão ser analisadas no estande da prefeitura, que também vai disponibilizar informações sobre outros projetos relacionados à mobilidade da capital: a requalificação de portos e ampliação da malha cicloviária. O evento começa nesta quinta-feira (28), na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Com a licitação do transporte, a Prefeitura de Belém afirma que será possível garantir um sistema mais sustentável para as empresas, mas com mais qualidade na prestação do serviço aos usuários. Isso não representaria aumento de tarifa, já que, possivelmente, as linhas seriam melhor distribuídas e com itinerários mais inteligentes. A elaboração da proposta teve como base 18 mil colaborações da população, recebidas em uma consulta pública on-line feita entre maio e junho deste ano. O edital da licitação deverá ser divulgado em agosto deste ano.

"A licitação muda a forma como a rede de transporte é concebida. As linhas saem da sua origem, ou seja, periferias, até o centro da cidade. Isso faz com que tenha problemas com itinerários. A ideia é fazer uma distribuição do transporte mais racional e possibilitando mais opções", comenta a superintendente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Ana Valéria Borges.

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Integração de meios de transporte com o BRT

Outras propostas de mudanças para a mobilidade urbana de Belém incluem aumento da malha cicloviária da capital e futura integração com distritos. Atualmente, a cidade possui quase 135 quilômetros de ciclofaixas e ciclovias. Uma das ideias que a Semob pretende apresentar durante o Fospa é a integração a partir do transporte fluvial e o BRT. Seis terminais hidroviários serão requalificados e quatro novos serão implantados.

Nos levantamentos da Semob, a exploração dos rios promove a integração das ilhas e gera a inclusão social de aproximadamente 70 mil pessoas, além de reduzir o fluxo de veículos nas ruas.

“Os rios de Belém são como estradas naturais e seus veículos são os barcos, que podem ser considerados mais econômicos e menos poluentes que os demais modos de transporte. Mas, apesar das vantagens do modo aquaviário e da potencialidade natural da região, este modo não é bem aproveitado. É através deste modo que o ribeirinho tem acesso a serviços básicos como saúde, educação e oportunidades de trabalho; além de ser o único meio de escoamento para a sua produção agrícola e extrativista, importação dos víveres e demais bens materiais de que necessita”, observou o diretor de Mobilidade da Semob, Onofre Veloso.