Belém é a 6ª capital mais educada do Brasil, diz pesquisa
O estudo ouviu mais de 1,6 mil moradores das 15 maiores cidades do país para detalhar acerca das cidades mais rudes, educadas e generosas

Belém foi considerada a 6ª capital mais educada do Brasil. O levantamento foi realizado pela Preply — uma plataforma online de aprendizado de idiomas — e divulgado no dia 5 de dezembro de 2022. O estudo ouviu mais de 1,6 mil moradores das 15 maiores cidades do país, incluindo Campinas (SP), para detalhar acerca das cidades mais rudes, educadas e generosas. Entre as 15 áreas pesquisadas, o estudo detalha, ainda, o status das regiões do país no quesito cordialidade, sendo: Brasília: 5,74; Natal: 5,85; Curitiba: 5,91; Campinas: 5,93; Recife: 6,07; Belém: 6,22; e São Luís: 6,34. O ranking classificou as cidades em uma escala 1 a 10, sendo 10 a mais mal-educada. A pesquisa, também, observou 12 comportamentos grosseiros em cada uma das localidades.
Brasília, a capital do país, foi mencionada como a que mais respeita seus pedestres e trabalhadores. Além disso, a pesquisa evidencia que os brasilienses não costumam furar filas. Esse ponto positivo também é observado entre os habitantes de Curitiba e Natal, que, além disso, também são conhecidos por não falarem no alto-falante do celular em público e serem bem receptivos.
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Generosidade
Belém também se mostra como a 7ª localidade mais generosa, em um rol de 16 cidades que dão as gorjetas mais altas. A capital paraense tem uma taxa de 9,03% do valor médio que as pessoas estão dispostas a oferecer. E, ainda, é a capital nortista que lidera a categoria, uma vez que o valor médio de gorjeta de Manaus é taxa em 7,18%.
Já Campinas é a cidade que dá as gorjetas mais altas e foi classificada como a mais generosa. Em contraste a essa bondade, Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul apresenta-se em último lugar no ranking, com uma pontuação de 7,01.
Cidades mais rudes
Outro foco da pesquisa foi mostrar cidades mais rudes. O estudo mostra que a capital do Goiás, no estado de Goiânia, é a campeã em “má educação”, liderando em um ranking com a maior pontuação média de 6,76% . Entre os comportamentos citados estão falar muito alto em público, não prestar atenção aos pedestres, se distrair ao celular assistindo a vídeos, sem fones de ouvido, em espaços abertos, entre outras.
Nesse ranking também entram o Rio de Janeiro (6,58), Porto Alegre (6,50), Salvador (6,49), Belo Horizonte (6,48), Manaus (6,41). Fortaleza (6,40) e São Paulo (6,34). O que pesou na resposta dos participantes foi que, pelo menos no Rio, as pessoas são muito barulhentas nas ruas e se distraem facilmente ao celular. A cidade recebeu pontuações altas nesses aspectos: 7,47 e 7,29, respectivamente.
Já os residentes de Porto Alegre foram mal avaliados por não prestarem atenção em estranhos na rua. Aquela esbarrada sem o pedido de desculpas, aparentemente, acontece bastante por lá. Talvez como uma causa para isso, os porto-alegrenses também foram reconhecidos por se distraírem facilmente ao telefone. São Paulo, a maior metrópole do país, conhecida pela impaciência e pressa de seus habitantes, ficou apenas com a nona posição, com média geral de 6,34.
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Além de revelar quais cidades do Brasil tinham os melhores e os piores modos, o estudo questionou os brasileiros sobre os comportamentos rudes mais comuns em todo o país. Os resultados mostraram que a distração com o telefone é o mais prevalente. Os habitantes líderes de se distrair ao celular são a população de Manaus (7,55), Rio (7,47) e Belo Horizonte (7,30), que tiveram as classificações mais altas nesse quesito.
O que pensam os belenenses?
Para a professora Ivone Celso, de 50 anos, o belenense ainda deixa a desejar no quesito cordialidade. "A gente busca sempre ser educada. Mas nem todos fazem o que é para ser feito. Quando pede uma informação o povo é muito hospitaleiro. Mas falta educação, por exemplo, no trânsito”, comenta.
Já o policial rodoviário federal Fernando Pinheiro, de 59 anos, observa que ainda é necessário educação no trânsito. “Somos bastante educados e solidários, principalmente com os turistas. Mas a falta de educação ocorre no trânsito. É cada um por si", conta.
Quem é bastante solícito e educado no dia a dia é o vendedor Luiz Augusto Mendes, de 64 anos. “Quando me pedem informação, eu respondo, eu ajudo. Mas, às vezes, a gente dá bom dia e a pessoa não responde. Muita gente também joga lixo na rua, mesmo a lixeira estando perto”, diz.
Os belenenses ainda precisam melhorar no cuidado com a limpeza, como conta a higienizadora Cristina Martins, de 44 anos. “Somos educados na hora de acolher e ajudar quando alguém quer saber sobre algum endereço. Mas muitas pessoas não são educadas em relação ao lixo. Sujam a cidade. Jogam lixo pela janela do ônibus. Eu guardo o meu lixo para jogar na lixeira”, afirma.
Método do estudo
Para calcular as cidades mais rudes e educadas, a Preply pediu aos participantes que respondessem com que frequência presenciam 12 comportamentos desrespeitosos comuns onde residem. Em seguida, fizemos uma pontuação média dos dados resultantes para calcular a “pontuação de grosseria” média de cada uma para classificá-las.
As cidades mais cordiais, de acordo com os moradores
(classificada em uma escala 1 a 10, sendo 10 a mais mal-educada)
CIDADE – PONTUAÇÃO MÉDIA DE FALTA DE EDUCAÇÃO
- Brasília – 5,74
- Natal – 5,85
- Curitiba – 5,91
- Campinas – 5,93
- Recife – 6,07
- Belém – 6,22
- São Luís – 6,34
Fonte: Preply
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