'População de Belém não é gado', diz prefeito sobre críticas de vereadores ao 'Tá Selado'
Edmilson Rodrigues (Psol) deu declaração durante entrevista para a Rádio Liberal
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), disse que os vereadores de Belém "precisam entender que a população de Belém não é gado", referindo-se aos parlamentares críticos do programa de participação popular "Tá selado".
"O que ocorre é que pode ter um delegado eleito de um bairro onde tem atuação de determinado vereador. Mas o vereador tem que entender que não é curral. Não tem que se preocupar se o delegado foi eleito ali na base. Fica aquela preocupação se o cara vai ter poder ali na base. Mas isso é democracia", avaliou.
Ele ressaltou que 1600 delegados já foram eleitos e 25 mil pessoas já foram ouvidas nas plenarias virtuais.
"Vamos fazer um grande congresso municipal para aprovar o orçamento do ano que vem e mandar para a Câmara. A Câmara pode mudar tudo. Nenhum delegado eleito tem poder de gastar um milhão de emenda parlamentar nem de mandar tal rua ser asfaltada", afirmou.
Entenda o caso
O programa Tá selado da prefeitura de Belém foi alvo de críticas na sessão da Câmara Municipal de Belém da terça-feira (10) passada.
Vereadores criticaram a metodologia da iniciativa de participação popular, afirmando que ele prioriza os chamados “delegados”, representantes de bairros de Belém eleitos em plenárias virtuais, nas relações com o executivo.
Para o vereador Mauro Freitas (PSDB), trata-se uma tentativa de substituição do vereador, reduzindo os poderes da Câmara.
“Está acontecendo uma desvalorização dos vereadores por parte do executivo. Tive 6400 votos pra vereador e como um delegado que teve trinta votos pode ter mais influência com o poder executivo?”, afirma.
Fábio Souza (PSB) engrossou o coro. Ele afirmou que o Tá selado precisa ser revisto, acusando o projeto de criar cabos eleitorais favoráveis para o partido do prefeito Edmilson Rodrigues, o Psol.
“O Tá selado começou errado e vai terminar errado, porque vamos radicalizar. Existe um projeto político por trás do Tá selado e isso que temos que ficar atento. O Psol precisa fazer deputados estaduais e deputado federal. Nenhum secretário atende vereador mais”, diz.
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