General disse que câmera que o filmou no Planalto em 8 de janeiro estava quebrada, afirma jornalista
Após revelação das imagens gravadas no dia dos ataques, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
O general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, havia alegado a membros do governo que a câmera do Palácio do Planalto que o filmou no dia 8 de janeiro transitando pelo local não estava funcionando. A informação foi divulgada pela jornalista Andréia Sadi, do G1 Nacional.
As imagens gravadas e que começaram a circular nesta quarta-feira (19) mostram que o general estava no Planalto no dia dos ataques. Ele aparece, inclusive, caminhando no corredor com alguns manifestantes e fazendo um gesto que indica, possivelmente, que estava mostrando a saída.
Após os ataques às sedes dos três poderes, foi solicitado que o GSI reunisse as 160 horas de gravação para que a cúpula do governo pudesse assistir as imagens do Palácio do Planalto. Quando terminaram de assistir, o chefe de gabinete de Lula, Marcola, questionou sobre as imagens da câmera em frente à sala presidencial.
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Porém, Dias respondeu para ele e para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que o aparelho não estava funcionando, por isso, não teria filmado. "Ou mentiram para ele ou ele mentiu para gente", disse um ministro ouvido por Sadi.
Após a revelação das imagens da câmera que ele havia dito à cúpula do Planalto que estava quebrada, Gonçalves Dias foi exonerado da chefia do GSI.
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