Diretoria interina da Unimed Belém reassume cargo

Retorno se deu após a suspensão da liminar que determinava a volta dos diretores executivos destituídos, expedida pelo juiz Augusto César de Luz Cavalcante

O Liberal

10.02.23 16h38

Assembleia que destituiu a diretoria da Unimed Belém ocorreu no último dia 22 de janeiro. Desde então, a defesa tenta recorrer da ação (Thiago Gomes / O Liberal)

Após a suspensão da liminar que determinava a volta dos diretores executivos destituídos aos trabalhos na Unimed Belém, na última terça-feira (7), a diretoria interina da cooperativa assumiu o cargo novamente na quarta-feira (8). Agora, a defesa tem um prazo de 15 dias para preparar os recursos e recorrer da decisão.

Antônio Travessa, Sandra Leite, Alberto Anijar, Robson Tadashi e Elaine Figueiredo foram afastados após Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada pelos cooperados da Unimed no dia 22 de janeiro e, na segunda-feira (6), o juiz Augusto César de Luz Cavalcante, titular da 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém, concedeu liminar determinando o imediato retorno da diretoria destituída.

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Porém, a desembargadora que atua nos outros processos relacionados ao caso, Maria Filomena de Almeida Buarque, suspendeu a decisão.

Votação para nova diretoria

Uma AGE, convocada pelo Presidente do Conselho de Administração da Unimed, Wilson Yoshimitsu Niwa, está marcada para o dia 23 de fevereiro. A pauta será a votação de uma diretoria executiva complementar para o período de 2023 a 2025. O comunicado foi emitido no último domingo (5), convocando os 1.975 médicos que fazem parte da rede hospitalar para participarem da reunião, a qual, diante da batalha na Justiça, não é garantido que aconteça.

Em nota, a Unimed Belém informou que o processo eleitoral para diretoria executiva está seguindo o rito padrão definido no Estatuto Social da cooperativa e na Legislação. "A cooperativa médica acredita que a alternância de poder e o processo eleitoral são saudáveis para o crescimento e florescimento de ideias, em negócios com múltiplos associados, o que é benéfico e faz parte da democracia", disse o comunicado.

Além disso, a cooperativa destacou que está estruturada sob regras da govenança corporativa, de forma madura, para impedir que as áreas administrativas sejam afetadas. "E, por isso, salientamos que os últimos acontecimentos não impactam, de forma alguma, na qualidade da assistência prestada rotineiramente a mais de 270 mil beneficiários Unimed. Assim, nossos clientes e parceiros de negócio podem repousar na absoluta tranquilidade quanto à segurança da prestação dos serviços contratados", completou.