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Suspeito de causar acidente que matou policiais civis no BRT deve responder por três crimes; vídeo

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende, o condutor do veículo deve responder por duplo homicídio na modalidade dolo eventual, lesão corporal grave ou gravíssima, e omissão de socorro

Saul Anjos

Agildo Soares de Sousa, 40 anos, suspeito de conduzir o veículo que provocou o acidente que vitimou dois policiais civis, deve responder por duplo homicídio na modalidade dolo eventual, lesão corporal grave ou gravíssima, e omissão de socorro, disse o delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende, durante coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira (28). O pronunciamento ocorreu após a apresentação do motorista na Delegacia Geral da Polícia Civil, no bairro de Nazaré, em Belém.  O veículo que Agildo dirigia foi apreendido pela autoridades na noite de terça-feira (27) no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, na Grande Belém

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Ele já havia sido preso pela Polícia Civil do Pará (PCPA), em Irituia, nordeste do estado, na manhã desta sexta-feira (28)

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Ele será apresentado na Delegacia-Geral, no bairro de Nazaré, em Belém, às 14h desta quarta-feira (28)

image Vídeo mostra o momento do acidente que matou policiais civis em Belém; assista
O veículo colidiu contra o muro do terminal de ônibus do BRT Tapanã; vítimas são veladas nesta terça-feira (27)

O condutor do veículo já havia sido preso pela Polícia Civil, em Irituia, nordeste do Pará, na manhã desta quarta-feira. O acidente de trânsito aconteceu na última segunda-feira (26). 

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O investigador Homero Gois e Silva de Souza e a escrivã Rejane Maria Oliveira da Silva, ambos lotados na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do distrito de Icoaraci, morreram no acidente na tarde desta segunda-feira (26) (Saul Anjos / O Liberal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Motorista suspeito de envolvimento na morte de policias responde a outro acidente de trânsito

O delegado Luis Xavier, titular da Divisão de Homicídios (DH), disse, durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (28), na Delegacia Delegacia Geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), no bairro de Nazaré, que o condutor envolvido no acidente que matou dois policiais civis responde na Justiça por outro caso de acidente de trânsito. O suspeito, que é motorista de aplicativo, foi identificado como Agildo Soares de Sousa, de 40 anos. O investigador Clayton Pereira Vila Nova e o preso Bruno Moraes Gomes ocupavam a viatura no momento do acidente e eles permanecem hospitalizados.

Segundo Luis, o crime em que Agildo é acusado ocorreu com o mesmo veículo que causou o acidente que matou o investigador Homero Gois e Silva de Souza e a escrivã Rejane Maria Oliveira da Silva.

“Ele (Agildo) responde a um crime de trânsito similar a esse e inclusive no mesmo veículo. Ou seja, ele é uma pessoa totalmente imprudente. No automóvel dele, a gente não conseguiu identificar, de maneira prévia, nenhum tipo de batida. Pelas imagens que circulam nas redes sociais, o policial (Homero) tentou evitar a colisão e, infelizmente, perdeu o controle do veículo vindo a colidir com o muro da Estação do BRT. O suspeito se evadiu do local do acidente e foi encontrado na casa de familiares em Irituia”, relatou o titular da DH.

A redação integrada de O Liberal tentou conversar com a advogada criminalista Ilca Moraes, que faz parte da defesa do condutor, mas ela não soube informar do que se trata o acidente em que Agildo vem respondendo. “Na realidade, o fato dele, supostamente, responder a esse processo, porque nós não tivemos acesso a essa informação não diz que ele teria cometido. É um outro procedimento que está em apuração”, disse Ilca. 

Delegada-geral adjunta fala sobre uso da via expressa do BRT

Daniela Santos, a delegada-geral da PCPA, explicou que a viatura tinha saído da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do distrito de Icoaraci, com destino à Polícia Científica do Pará (PCEPA), para que o custodiado, que estava dentro do automóvel, realizasse exame de corpo de delito e depois fosse direcionado ao sistema penitenciário. Ela foi questionada se era correto o uso da viatura da Polícia Civil na via expressa do BRT. Daniela afirmou, diante da situação apresentada, os policiais podiam utilizar a pista e não se trata uma infração por parte dos agentes de segurança. “Nós estávamos em serviço, em uma viatura caracterizada. Os policiais trajavam o uniforme policial. Isso nos permite o uso da via expressa do BRT. Filmagens de circuitos de vigilância próximo do local do acidente evidenciam a impossibilidade até de uma frenagem por parte do policial, por conta de ter sido tão brusca e irregular a entrada irregular do motorista (Agildo) faz, de forma totalmente indevida. O local que ele fez isso não era um retorno.

Advogado alega que fuga do motorista ocorreu para ‘resguardar integridade física’

Faulz Sauaia, que também faz parte da defesa de Agildo de Sousa, declarou que o cliente tinha intenção de se entregar à polícia na quarta-feira (28) e o suspeito apenas fugiu da cena do crime com medo de apanhar. “Entendemos que quando ele somente saiu para resguardar integridade física dele naquele momento. As vítimas são policiais e ele não sabia a questão da população sobre esse acontecimento. Ele (Agildo) é uma pessoa do povo, humilde, trabalhadora, motorista de aplicativo e pai de família. O que ele fez, naquele momento, foi tão somente resguardar a sua segurança. O nosso entender é que, de forma alguma, ele se evadiu para não prestar socorro. Inclusive, a tipificação penal da omissão de socorro, prevê que a pessoa tem que prestar ajuda quando ela puder. Naquela situação, ele não tinha como”, pontuou Faulz.

Agildo permanece preso e o inquérito policial prossegue para colher mais depoimentos de testemunhas e vídeos que possam auxiliar na elucidação do caso.

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A escrivã Rejane Maria Oliveira da Silva foi levada ao Hospital Porto Dias, mas não resistiu. Ela estava na PC desde 2019 e atuava na DEAM de Icoaraci

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O condutor do automóvel segue foragido, mas já teria sido identificado pela Polícia Civil

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Ainda nesta terça (27), o corpo do investigador Homero deverá ser levado para Recife (PE), onde será cremado; a escrivã Rejane Maria Oliveira da Silva será enterrada às 16h no Cemitério Santa Izabel

Ainda na terça, a PC apreendeu o veículo suspeito de envolvimento no acidente. Ele foi encontrado no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, na Grande Belém, e levado à Divisão de Homicídios (DH) no bairro de São Brás, em Belém.

Polícia não comentou sobre velocidades dos dois veículos e se policias usavam cinto de segurança

No desenrolar da coletiva de imprensa, a polícia não se retratou sobre a velocidade que a viatura da PCPA seguia pela avenida Augusto Montenegro, assim como o veículo supostamente dirigido por Agildo. Os delegados também não falaram se os policiais civis, que estavam dentro da viatura, utilizavam cinto de segurança no momento da colisão.

Relembre o acidente

Por volta das 16h, Homero, Rejane, Clayton e o preso Bruno tinham saído da DEAM de Icoaraci para deixar o custodiado na PCEPA, que após os procedimentos legais, ficaria à disposição da Justiça.

A viatura seguida pela pista expressa do BRT, sentido Belém, quando Agildo, que estava sozinho no Voyage prata, adentrou na via. O veículo da PCPA ainda desviou da colisão, mas acabou perdendo o controle e colidindo contra o muro da Estação do Tapanã, localizada na confluência entre os bairros do Coqueiro, Parque Verde e Tapanã. 

Clayton e Bruno seguem hospitalizados e não há atualizações sobre o estado de saúde deles. Agildo ainda permaneceu poucos segundo no local do acidente e depois fugiu pelo outro lado da avenida.

 

 

 

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