Servidor do MPF é preso em operação da PF que investiga esquema milionário no Pará
As investigações apontaram que o investigado teria arrecadado vultosos recursos prometendo altos retornos financeiros aos investidores, alegando que os valores seriam aplicados na bolsa de valores através de operações legítimas e seguras

Um servidor do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, de identidade não revelada, foi preso em uma operação da Polícia Federal realizada na manhã desta terça-feira (20/8), em Santarém, oeste do estado. A PF informou que o investigado é suspeito de conduzir um esquema fraudulento responsável por causar prejuízos que podem chegar a R$ 20 milhões. As investigações apontaram que o investigado teria arrecadado uma grande quantidade de dinheiro prometendo altos retornos financeiros aos investidores, alegando que os valores seriam aplicados na bolsa de valores através de operações legítimas e seguras. Promessas que, na prática, não se concretizaram, segundo a polícia.
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Segundo as autoridades, a suspeita é de que servidor do MPF tenha praticado crimes contra o sistema financeiro nacional, o mercado de capitais e a ordem tributária, além de fraudes contra diversos membros do Judiciário, do próprio Ministério Público, da Polícia Judiciária, bem como empresários e particulares.
Na ação policial, denominada “Falso Midas”, são cumpridos três mandados de busca e apreensão e mais um outro de prisão preventiva, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária do Pará.
O nome da operação, “Falso Midas”, faz referência ao rei Midas da mitologia grega, que transformava tudo em ouro. No entanto, neste caso, os recursos das vítimas foram destinados a fins ilícitos, não sendo devolvidos a elas.
O MPF informou que foi "favorável à prisão preventiva de servidor da instituição suspeito de crimes financeiros". O Ministério Público Federal também disse que o inquérito policial que levou à prisão preventiva do servidor foi requisitado pelo próprio MPF. Além de, neste ano, ter destacado para a Justiça Federal que a realização da operação "era necessária e urgente". Em 2023, o MPF abriu Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para a apuração do caso, que levou ao afastamento do servidor de suas funções.
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